59% dos pais fazem as vontades dos filhos na hora das compras
Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Prote é o ao Crédito (SPC Brasil) e pelo portal de educação financeira Meu Bolso Feliz procurou entender de que modo os filhos influenciam no planejamentofamiliar e quais são as dificuldades dos pais em educé -los financeiramente. Segundo o estudo, 59% dos pais fazem as vontades e compram o que seus filhos quere, se o planejamentopermite.
Em relação é atitude dos pais e o comportamento dos filhos, quase a metade dos entrevistados (45%) garante que os filhos entendem a situação quando querem comprar algo mas os pais não podem. Outros 14% afirmam que os filhos utilizam recursos próprios, como a mesada, para comprar aquilo que desejam.
A pesquisa mostra que, para as crianças, mostrar-se compreensivo resulta em uma estraté gia bem mais eficaz do que fazer chantagem quando querem alguma coisa: 79% dos pais de filhos “compreensé veis”, isto é, que entendem quando é não possé vel comprar algo, acabam cedendo é vontades dos filhos quando o planejamentopermite; entre os pais de filhos que usam a chantagem como forma de persuasão, esse número diminui para 48%.
Quando o assunto é planejamentofamiliar, seis em cada dez dos pais entrevistados (57%) afirmam que não hé discussão com os filhos sobre os gastos e que as decisões ficam concentradas apenas nos pais. Somente 18% dos entrevistados afirmam que os pequenos participam das decisões sobre o que comprar e onde investir. Ainda assim, nove em cada dez entrevistados (88%) consideram a educação financeira dos filhos importante.
Pais consideram a educação financeira dos filhos importante
Para 88% dos pais entrevistados, é importante a educação financeira dos filhos, e a média de idade considerada ideal para o início do processo em casa é de oito anos. Segundo José Vignoli, educador financeiro do SPC Brasil, o dié logo familiar sobre os gastos é extremamente importante. “A conversa entre todos os membros da casa é capaz de estimular atitudes compreensivas e conscientes entre os filhos, sejam crianças ou adolescentes”, diz. “O dié logo acaba refletindo positivamente no modo como eles lidam com o consumo.”
Entre as famílias que conversam sobre os gastos, é maior o percentual dos filhos que utilizam o dinheiro da mesada para comprar o que desejam: 13%, contra 5% das famílias em que não hé conversa.
“Entre os assuntos que podem ser discutidos em casa com a inten o de ensinar os filhos a lidar com o dinheiro estão : o valor do dinheiro e do trabalho; a impossibilidade de comprar tudo o que se deseja; a importância de pesquisar pre os; a realização de sonhos por meio de disciplina e economia”, relata Vignoli.
Foram ouvidas 662 pessoas com idade igual ou superior a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais nas 27 capitais.