7 truques da mente que fazem você gastar demais
10/11/14

7 truques da mente que fazem você gastar demais

size_810_16_9_463173435As pessoas costumam fazer a escolha certa ao comprar ou investir? Segundo pesquisas feitas pelo psicé logo da Universidade de Harvard Daniel Gilbert, a resposta é não.

Em seus estudos, o psicé logo verificou que a maioria das pessoas perde dinheiro simplesmente por causa da mania de fazer comparações.

Ele cita como exemplo quem costuma comparar o pre o atual de um produto a valores anteriores ou quem tem o hábito de medir se vale a pena investir em determinada aplicação financeira apenas porque algué m está ganhando muito dinheiro.

Para Gilbert, esses hábitos impedem a tomada de decisões financeiras racionais.

Veja em sete passos como fugir de alguns truques da mente que levam a gastos desnecessérios.

1) Não querer se sentir já pão duro já

Na hora de dar um presente ou levar uma bebida para uma festa, a maioria das pessoas escolhe uma garrafa de vinho de 15 reais, 30 reais ou 50 reais?

A op o mais recorrente é pelo pre o intermediário porque ningué m quer gastar muito, mas também não quer parecer já pão duro constatou Gilbert.

O problema é quando a compra é feita em uma loja na qual o dono aumenta o pre o do item mais caro para parecer que o pre o intermediário é já razo vel já .

Resultado: parece um bom negé cio, mas na verdade a compra traz prejué zo para quem compra.

2) Buscar promo ões de forma cega

A maioria das pessoas valoriza promo ões. Se o pre o pago hoje for menor do que o de onte, isso já justifica a compra, diz Gilbert.

O psicé logo diz que somos mais susceté veis a aceitar o pre o que ficou mais baixo, ainda que ele seja maior do que o pre o de outro produto que não mudou, do que o contrário.

Não é toa, diz Gilbert, os descontos são o recurso de marketing preferido do comércio. é difácil que essa baixa de pre o não esteja indicada na etiqueta do produto.

Além de resultar em perda dinheiro, o hábito também leva a perder bons negé cios. Gilbert cita como exemplo um pacote de viagens para o Havaé que custava 2 mil dé lares e agora está em promo é o por 700 dé lares.

Se depois de uma semana os entrevistados resolvem adquirir o pacote turé stico, e verificam que o pre o subiu para 1,5 mil dé lares, a maioria desiste da compra, ainda que o pacote esteja mais barato do que os 2 mil dé lares iniciais.

3) Fazer compras pelo impulso do momento

Os pre os exorbitantes de produtos e refeié ões em aeroportos frequentemente são motivo de reclamações. Mas muita gente continua comprando.

Gilbert aponta que é necessério analisar o contexto da compra para controlar os gastos.

Quem vai fazer uma longa viage, por exemplo, e se depara com um lanche que custa o dobro do pre o, costuma pensar que não poderé fazer nada com o dinheiro que tem durante horas dentro da aeronave, e nem ter prazer semelhante durante todo esse tempo.

Esse pensamento faz a compra parecer um bom negé cio, mesmo que o viajante saiba que o produto é mais caro.

4) Olhar quem ganha dinheiro e não quem perde

Todo mundo quer ganhar o prêmio da Mega-sena, mas poucos ficam pensando nas enormes possibilidades de perdas.

Segundo Gilbert, isso acontece porque é comum ver noté cias sobre ganhadores na loteria, mas não sobre perdedores.

Se todos os milhões de perdedores aparecessem na televisão, possivelmente muitos apostadores mudariam de ideia, conclui o psicé logo.

O exemplo também vale para investimentos arriscados e até fraudes, como pirâmides financeiras. O ganho de quem aplicou lé atrês dificilmente se repete para quem entra no investimento depois porque a fase de alta pode já ter passado.

No caso das pirâmides, o buraco é ainda mais fundo: quem entra depois, sustenta os ganhos de quem faz parte do esquema hé mais tempo, mas na base da piré mide os participantes mais atrasados podem não ter retornos porque seus ganhos não dependem do negé cio em si, mas da entrada de novas pessoas, o que dificilmente irá ocorrer porque o esquema já está saturado.

5) Não comparar gastos com coisas diferentes

A maioria das pessoas que tem um té quete de cinema e 20 reais na carteira não compra outro ingresso se o té quete comprado inicialmente foi perdido ao chegar no cinema, de acordo com as pesquisas de Gilbert.

Mas se tiverem 40 reais em dinheiro na carteira, e, ao chegar no cinema, percebem que perderam a nota de 20 reais, a maioria opta por gastar o que sobrou no té quete, mesmo que estejam pagando o dobro do valor inicial.

O psicé logo conclui que hé uma recusa maior em pagar duas vezes pela mesma coisa, pois fica mais evidente que o gasto é excessivo. Poré, a maioria não percebe que está gastando demais quando o dinheiro é utilizado para coisas diferentes.

6) Economizar no que gasta e não aumentar o valor do que ganha

Um vizinho vende um aparelho de som para carro por 200 dé lares, mas os entrevistados sabem que se cruzarem a cidade vé o achar o mesmo produto por 100 dé lares e economizar 50% do valor.

A maioria não pensaria duas vezes e compraria o ré dio de 100 dé lares, pois não poderia imaginar pagar o dobro do pre o pelo mesmo produto.

Mas, caso os pre os fossem 30.900 dé lares e 31.000 dé lares, respectivamente, e a economia de 100 dé lares representasse uma diferené a de 0,003%, a maioria apontou que não perderia tempo para fazer a compra do outro lado da cidade.

Isso acontece porque o cé lculo sobre as diferené as de pre os é mais complexo quando os valores representam um pequeno percentual do valor cheio.

O exemplo explica por que investidores podem não ligar se o fundo de investimento está rendendo 1% ou 1,5%, mas ao mesmo tempo colecionam cupons de dinheiro para economizar alguns dé lares na compra de produtos baratos, diz Gilbert.

A constatação do psicé logo é de que é mais fácil economizar nos gastos do que buscar ampliar ganhos.

7) Não ter não é o dos ganhos no futuro

Gilbert constatou entre seus entrevistados a dificuldade em comparar compras em momentos diferentes pela falta de pacié ncia.

Ele dé um exemplo: se algué m pode ter 50 reais ou 60 reais agora, vai escolher, logicamente, o maior valor. Mas se pode ter 50 dé lares agora ou 60 dé lares no próximo mês, a maioria opta por receber 50 dé lares agora.

Quanto mais distante está o ganho no futuro, mais esse retorno se assemelha a um gasto no presente, segundo o psicé logo.

Quem investe e não verifica retornos ré pidos, por exemplo, pode preferir interromper a aplicação e gastar os recursos, pois é mais difácil projetar o resultado futuro.