79% dos consumidores não sabem ao certo o que e estar endividado, diz SPC Brasil
Por mais que possa parecer é bvio, a maioria dos brasileiros não sabe ao certo o que é estar endividado e acabam se atrapalhando ao definir. Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Prote é o ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que 37,5% dos consumidores se consideram endividados no momento já um aumento expressivo em relação ao ano passado (27,8%). Poré, o estudo revela que 79,0% dos entrevistados tem uma não é o errada sobre o que é estar endividado.
Para quase metade dos consumidores entrevistados (46,7%), estar endividado significa ter contas atrasadas, e três em cada dez (30,6%) afirmam que é ter o nome registrado em entidades de proteção ao crédito. Apenas 20,2% dos consumidores compreende o significado real: uma pessoa endividada é aquela que possui parcelas a vencer de compras ou empréstimos.
Segundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, as parcelas ainda não vencidas de qualquer aquisi o também são dívidas assumidas pelo consumidor. já O risco de desconsiderar as compras parceladas como parte do endividamento é justamente exagerar no consumo de longo prazo, fazendo uma sé rie de dívidas que em pouco tempo podem levar o consumidor ao desastre nas finanças pessoais e é consequente inadimplé ncia explica Kawauti.
53% dos consumidores atrasaram pelo menos uma conta
Ao longo de 2015, 53,1% dos entrevistados admitem ter atrasado ao menos uma conta já percentual superior aos 41,0% de 2014. O cartão de crédito foi a dé vida mais comprometida (23,0%), seguido pelas contas de luz (17,9%), de TV por assinatura (12,7%) e celular/ telefone fixo (12,5%).
Considerando apenas estes entrevistados, 68,4% deles tiveram o nome inclué do em serviços de proteção ao crédito nos últimos 12 meses. Desses, apenas 32,2% já limparam o nome, enquanto 67,8% permanecem nesta situação. Entre os que ainda estão negativados, 13% escondem de todas as pessoas que estão com o nome sujo. Os colegas de trabalho são as pessoas com quem os entrevistados menos compartilham esta situação (38,7%), e os homens são os que mais escondem das companheiras que estão com o nome sujo (21,5%).
De acordo com o educador financeiro do SPC Brasil e do portal de educação financeira Meu Bolso Feliz, José Vignoli, quem quer evitar o problema da inadimplé ncia deve manter um planejamento e a organização financeira em dia. já Também é fundamental controlar adequadamente o uso do cartão de crédito, uma vez que as altas taxas de juros envolvidas nesta modalidade podem rapidamente levar ao superendividamento diz.
Pensar antes de comprar e evitar cartão são estraté gias
Poré, para o educador financeiro, passar pela experié ncia de ter o nome sujo pode acabar tendo reflexos positivos e transformar os hábitos de consumo e o modo como o consumidor lida com suas finanças .
A pesquisa do SPC Brasil mostra que nove entre cada dez pessoas (93,9%) que passaram por esta situação mudaram ao menos uma atitude relacionada ao uso do dinheiro, sendo que a principal delas é a de come ar a controlar todos os gastos (46,8%). Outras atitudes citadas para evitar ficar com o nome sujo novamente são pensar muito antes de comprar (16,8%) e evitar o uso do cartão de crédito (11,2%, aumentando para 15,6% entre as mulheres).
já Obviamente essas mudanças são positivas, mas não se deve esperar ter o nome sujo para adotar atitudes mais responsé veis alerta Vignoli. já é preciso ter em mente que o parcelamento, embora seja um mecanismo eficiente para comprar aquilo que se tem vontade, pode comprometer parte da renda do consumidor durante vários meses já .
A economista do SPC Brasil também indica colocar freio no uso do cartão de crédito: já O uso indevido pode acarretar em um já endividamento silencioso já e, quando a pessoa finalmente se der conta, estaré com sua situação financeira em crise, com dívidas maiores do que sua capacidade de quité -las e podendo até mesmo ficar inadimplente já .
Metodologia
A pesquisa procurou avaliar o grau de educação financeira dos brasileiros e entender como o consumidor se relaciona com o dinheiro. Foram entrevistados 804 consumidores acima de 18 anos, de ambos os gé neros e de todas as classes sociais nas 27 capitais. A margem de erro é de no máximo 3,5 pontos percentuais para um intervalo de confiané a a 95%.