19/04/13
Educação financeira chegaré ao ensino bé sico em 3 anos
Juros, cartão de crédito, cheque especial, aposentadoria, gastos fixos; esses são os assuntos que serão implementados no currículo do ensino fundamental nas escolas públicas em até três anos.
No ensino médio, a educação financeira foi testada, aprovada e está em fase de adaptação. Mas a adesão não é obrigatória e fica a critério da escola. O currículo do ensino fundamental está em fase final de elaboração. Há conteúdo próprio para cada idade. O próximo passo será testá-lo em programas-pilotos, fazer ajustes e corrigir as falhas.
Hoje, a sociedade do consumo que a população está inserida dificulta a adesão de uma consciência econômica. Muitos gastos são supérfluos e sem utilidade. A preocupação com o “analfabetismo” financeiro do país constatado pelo Banco Mundial, resultou na iniciativa da parceria entre reguladores (BC, CVM) entidades do mercado (Anbima, Febraban e Bolsa) e educadores para resolver esse déficit.
De acordo com a mediadora de orientação profissional, empregabilidade e empreendedorismo, Vera Lucia Borelli, os alunos devem aprender a diferenciar o desejo do necessário. “Na educação financeira, é passado que nós devemos comprar o que realmente precisamos, porque tem coisa que nem se usa e é um gasto desnecessário”, ressalta.
Apesar do mito de que aprender finanças pessoais dependa de um conhecimento aguçado em matemática, muitas crianças e adolescentes se interessam pelo assunto. “É lógico que os marketings estão interessados em vender. Então, nós é que temos que mostrar para os alunos a diferença entre necessidade e consumismo”, alerta a mediadora.
Uma criança de seis anos, por exemplo, já sabe diferenciar que algumas coisas são imprescindíveis e outras são desnecessárias, podendo até mesmo ajudar na lista do supermercado. Noção de juros chega mais tarde, perto de dez anos.
Por falta de informação, muitas pessoas se endividam caindo na facilidade de conseguir crédito, mas depois não têm condições de pagar. Para evitar o nome sujo na praça e a dor de cabeça, poupar é a melhor opção. “A poupança é uma reserva para as realizações de sonhos. Então, para conquistar o sonho, a pessoa tem que saber que ela vai abrir mão de algumas coisas”, finaliza a mediadora.