03/09/13

Nunca e tarde para investir

 A ideia de que quanto mais cedo começarmos a poupar para garantir um futuro, ao menos, mais tranquilo é uma verdade absoluta. Isso é algo muito claro para todos. O mercado financeiro está cheio de opções para quem tem 20,30, 40 anos e ainda está ativo no mercado de trabalho.

Mas e quem já passou dos 50 anos? Deve-se conformar com o que a previdência lhe assegura, ou ainda há tempo de recuperar parte de suas finanças? A resposta é que sempre existe algo importante e rentável para ser feito com o seu dinheiro, ainda mais com o aumento da expectativa de vida do brasileiro.

Segundo dados divulgados pelo IBGE, o brasileiro está vivendo aproximadamente 73 anos, e a expectativa de vida das classes A e B passa dos 83. De todos os idosos, somente 1 ou 2% construíram patrimônio suficiente para viver bem e sem trabalhar na terceira idade apesar de receberem suas aposentadorias pelo INSS. Cá entre nós INSS quer dizer: Isso Nunca Será Suficiente.

Apesar dos números desanimadores e da incapacidade do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) em prover algo digno a grande parte dos aposentados, o importante é termos a consciência de que há sempre a possibilidade de investirmos nosso dinheiro e obtermos algum retorno, mesmo sendo em curto prazo.

A dica é sair da caderneta de poupança e fazer investimentos investimentos com os mesmos riscos porém maior rentabilidade. Boas alternativas nos dia de hoje são as LCIs (letras de credito imobiliário), ou CDBs de pequenos bancos, que possuem rentabilidade superior, por exemplo, aos Fundos DI.

Para aqueles que reverteram seus ganhos em imóveis durante toda a vida e vivem de aluguel, existem outras opções de investimento que dão menos preocupação que a combinação de tijolos e inquilinos. Trata-se dos Fundos de Investimento Imobiliários, que oferecem maior liquidez e rentabilidade, e não cobram imposto de renda sobre os “aluguéis” recebidos.

É sempre bom lembrar que temos capacidade de fazer dinheiro há qualquer tempo em nossa vida. Mesmo após anos de trabalho, as pessoas com mais de 50 anos possuem dois fatores que auxiliam na manutenção da renda. Primeiro elas possuem mais tempo livre para exercer uma nova atividade e, em segundo, possuem uma ampla experiência.

O desafio somente será ter flexibilidade e se dispor a exercer novas atividades. Bons exemplos não faltam e há muitas opções que podem ser bem remuneradas. Se você era um contador, professor, engenheiro, pode dar aulas particulares, ser um consultor e até prestar serviços para empresas.
Caso tenha experiência com crianças você pode trabalhar com recreação em colônias de férias e até em condomínios que oferecem esse tipo de serviço. Um dos casos de sucesso que cito em meu livro é justamente de uma senhora na terceira idade que tem renda de executivo de multinacional fazendo ticrot crochet.

Seja qual for a opção de investimento ou de geração de renda escolhida, as perguntas são as mesmas para quem tem 20, 30 ou 40 anos. Quero investir para quê? Qual é o meu sonho? Quais despesas tenho atualmente? Posso abrir mão de algo que estou acostumado há muito tempo?
Nessa etapa da vida a maioria das pessoas já conseguiu garantir um patrimônio, como a casa própria, um automóvel e a formação dos filhos.

Não há limites de idade quando o assunto é como devemos agir em relação ao nosso dinheiro. Algumas alternativas podem ser interessantes para garantir a rentabilidade dos recursos sem se preocupar com as oscilações do mercado, como comparar, por exemplo, os serviços prestados pelos bancos com as taxas de juros cobradas, benefícios e isenções oferecidos.

Portanto, a linha de pensamento deve estar ligada à liquidez, ou seja, possuir investimentos que possam ser transformados em dinheiro em curto espaço de tempo e aplicar em algo que lhe dê prazer e tranquilidade nessa fase da vida.

Transmita isso a quem você ama.