20/09/13

Especialista alerta para importância da educação financeira

 Os jovens brasileiros começam a trabalhar cada vez mais cedo e, algumas vezes, acabam tendo um endividamento cada vez mais precoce. Para evitar gastos desnecessários é preciso ter uma educação financeira e o desafio é começar isso bem cedo.

É o caso do técnico em segurança Cléber Moraes. Os olhos dele brilham diante da vitrine com jogos eletrônicos. Mas, hoje, aos 38 anos, ele já pondera antes de partir para a compra. Bem diferente de tempos atrás. “Se você for comprar por impulso, você vai ‘entrar no vermelho’, se endividar. Isso vira uma bola de neve, o cartões cobrarm juros sobre juros…”.

Uma pesquisa nacional revelou recentemente que São Luís é a capital mais endividada do nordeste. Por aqui, cerca de 70% das famílias estão com as contas no vermelho. O problema atinge todos os públicos, mas tem sido visto com mais frequência entre os jovens, que estão no mercado de trabalho cada vez mais cedo e, muitas vezes, desde o primeiro salário, já se endivida, por pura falta de orientação financeira.

A educação para as finanças, alerta o Procon, é uma necessidade em todas as idades. A faixa etária mais endividada, segundo o órgão, vai dos 20 aos 50 anos. Entre jovens, adultos e idosos, são necessárias medidas de curto e médio prazos, como campanhas de conscientização sobre o bom uso do dinheiro. Já entre as crianças, futuros consumidores, a educação financeira precisa existir, principalmente, na família e na escola.

“A educação financeira é uma prioridade da política de defesa do consumidor, na esfera nacional. É uma preocupação atual, recente, mas que vem recebendo uma atenção especial por parte de todos os órgãos de defesa do consumidor. Seja ele o Procon, o Judiciário ou o Ministério Público, que acrescentaram à sua lista prioridades e preocupações a educação financeira, que está relacionada à questão da sustentabilidade da economia”, explicou Rayana Arraes, supervisora das relações de consumo do Procon-MA.

Larissa Régia está no mercado de trabalho a pouco menos de u ano. A relações públicas tem apenas 22 anos de idade, mas é muito madura quando o assunto é a administração do próprio dinheiro: “Uso bastante o dinheiro, mas tento dividir para que nunca falte, para que eu consiga realizar as coisas que eu quero”.