Como criar um filho que saiba lidar com o dinheiro
Nenhum pai ou mãe deseja que as crianças se tornem gastões, consumistas compulsivos ou adolescentes que nunca conseguem economizar a mesada. Por isso, o ideal é introduzir a educação financeira desde cedo.
Só quem é pai (ou mãe) sabe como é difícil ensinar as crianças a resistir a tantos produtos oferecidos por aí. Mas é, si, possível (e fundamental!) criar filhos que dão valor ao dinheiro (nosso e deles) e que entendem que não é preciso ter todos os brinquedos do mundo para ser feliz. Com a ajuda de dois especialistas em educação financeira, reunimos algumas dicas para facilitar a sua vida.
Criança aprende brincando
A cabeça da criança não funciona como a de um adulto. Por isso, não adianta querer colocá-la sentadinha diante de uma lousa, fazer algumas contas e ensinar como juntar dinheiro. Nem tentar explicar para um menino de 6 anos sobre objetivos a longo prazo.
Também é muito importante dar “lições” dentro de um contexto que faça sentido para o seu filho. Por exemplo, na hora de comprar um sorvete na praia, mostre que o picolé custa R$ 2 e que o sorvete com biscoito custa R$ 6, ou seja, quatro moedas a mais.
Cofrinho, sim!
Falando em brincadeira… O cofrinho é um dos métodos mais lúdicos de ensinar a criança a poupar. A brincadeira pode começar com a confecção do porquinho, vocês podem montar um em casa ou customizar o que veio da loja. Ele é indicado para crianças com mais de 3 anos (antes disso é muito provável que elas coloquem notas e moedas na boca) e serve para ensinar que dinheiro não cai do céu: o que você gasta em um dia demora vários para juntar.
Dê limites
OK! A gente sabe que a criança não vai ganhar brinquedos ou roupas só com o que juntou no cofrinho. Você vai dar um presentinho de vez em quando e permitir certos luxos, como o petit gateau completo em vez da casquinha. Poré, o ideal é o equilíbrio para que ela entenda que não pode ter tudo.
Mesada
A mesada é uma opção dos pais. Alguns optam por esse sistema, outros dão dinheiro apenas quando os filhos precisam para um gasto específico. Para os especialistas em educação financeira, a mesada é positiva para o aprendizado da criança. O ideal é que dos 5 aos 8 anos ela seja, na verdade, semanada. Antes disso, os pais podem dar dinheiro eventualmente, sem se preocupar muito com valores, só para a criança se familiarizar com notas e moedas.
Cuidado com o plástico
Um belo dia, seu filho irá descobrir o dinheiro de plástico. Provavelmente seus pais não tiveram que lidar com isso na sua infância, no máximo eles pagavam com cheque. Mas atualmente, como pagamos muitas coisas com cartão, vale explicar para as crianças que aquilo não é sinônimo de dinheiro infinito e que a fatura sempre chega no fim do mês. Se até gente grande se confunde com cartão de crédito, imagine na cabeça dos pequenos, não é mesmo?