02/06/14

Como escolher o destino das férias de julho

Se você pretende viajar nas férias de julho, está em cima da hora para montar sua programação! Se por um lado muita gente vai preferir ficar por aqui, em função da Copa do Mundo, por outro há quem queira justamente o oposto: aproveitar o momento para sair do país. Para o mundial, o governo espera cerca de 600 mil estrangeiros no país, além de estimar que 1,1 milhão de brasileiros viajem pelo país. Ou seja, a casa vai ficar cheia! 

 
Se você sabe que não vai ficar no Brasil, mas ainda não definiu destino, este post deve te ajudar a tomar uma decisão. Consultamos a fundadora do Trip Tips, Silvana Ticoulat, para dar as orientações de como definir uma viagem. Em um primeiro momento, você pode querer definir o destino apenas pelo valor do pacote na agência de turismo, mas sem levar em consideração o seu perfil de viajante e sem uma pesquisa prévia sobre alguns fatores a respeito do destino, a viagem pode acabar virando um grande pesadelo.
 
CLIMA
 
Escolher o destino dos sonhos na época errada do ano pode ser uma tremenda furada. “Ouvi o relato de uma pessoa que comprou pacote de viagem para o Peru em janeiro, mas a agência não avisou que chovia nesse período do ano. Ela passou sete dias sem poder sair do hotel, porque chovia demais e a cidade ficou completamente alagada”, conta a especialista. Independente do valor que essa pessoa pagou para fazer a viage, foi um desperdício de dinheiro.
 
“Existem fatores que não dá para a gente prever, como ir à praia no verão e correr o risco de chover todos os dias. Mas dá para antever riscos maiores, viajar para a Rússia no inverno, por exemplo, é impraticável. Não só pelo frio extremo, mas porque os dias também são menores, não dá para aproveitar quase nada”, explica.
 
Para o mês de julho, Espanha, Indonésia, Índia e Tailândia são alguns dos destinos que devem ficar fora das opções, porque segundo ela são lugares em que o verão é tão intenso que chega a ser desconfortável.
 
FAIXA ETÁRIA E PERFIL DE VIAGEM
 
O segundo ponto a ser analisado, na visão da especialista, é se o destino está de acordo com o perfil dos viajantes. “Pela facilidade que as pessoas estão encontrando em viajar, eu vejo uma ansiedade muito grande em conhecer lugares diferentes, mas que as vezes terminam em uma escolha errada. Vejo pais querendo levar crianças para a Tailândia e é algo que não tem necessidade. A comida é muito diferente, há um risco muito grande da criança não se adaptar, sentir-se mal com um alimento diferente e a viagem acaba dando errado”, avalia.
 
Então, antes de fazer as malas pesquise tudo que o destino escolhido tem a oferecer a você e quem mais estiver viajando contigo. Se a viagem for em família, tendo em vista o recesso escolar, tente optar por destinos que te garantam certa flexibilidade, caso as crianças não se adaptem bem à culinária local.
 
PARA TODOS OS GOSTOS
 
Definir uma faixa de valores para cada tipo de viagem é praticamente impossível, afinal são muitos fatores que podem variar. Mas Silvana indica alguns destinos que podem agradar a diferentes perfis de viajantes. Para viagem em família, ela recomenda o Caribe. “Há muita coisa interessante a fazer por lá, as praias são lindas, tem Cuba, que oferece também o roteiro da parte histórica”.
 
Se a opção for os Estados Unidos, ela indica lugares como Flórida e Califórnia. “Muita gente escolhe Nova Iorque, mas não acho um bom destino para essa época porque o calor fica insuportável”. Para quem tem filhos adolescentes, ela diz que uma boa opção é a África, mas avisa que os pacotes costumam ser mais caros.
 
Aos interessados em fazer o famoso mochilão, a dica é o Machu Picchu e o Atacama. “É uma época boa para ir ao Machu Picchu porque não chove. O Atacama é interessante em qualquer época do ano, a cada estação é uma experiência diferente para quem viaja”. Do outro lado do oceano ela indica os países mais frios da Europa. “É uma época boa para visitar a Croácia, a França, a Itália, porque todos esses países estarão com aquele clima de alegria do verão”, sintetiza.
 
Para finalizar, ela aconselha as viajantes menos experientes a não viajarem sem a assistência de uma agência de viagens. “Lidar com a parte burocrática é complicado, as pessoas ficam com medo nas primeiras experiências, o melhor é não arriscar para não ter experiências ruins”.