Educação  como base para um futuro financeiro saudável
10/09/14

Educação como base para um futuro financeiro saudável

251815_Educação Financeira6Derek Bok, educador norte-americano, uma vez citou: já se você pensa que educação custa caro, experimente a ignoré ncia numa tentativa de convencer seus seguidores da importância do conhecimento. No é mbito financeiro, não poderia ser diferente, o acesso é gama de serviços dessa origem vem crescendo cada vez mais, se tornando condi o necessé ria para a vida economica dos indivíduos. Entretanto, no Brasil, existe uma significativa parcela da sociedade que se endivida cada vez mais devido ao mau uso desses serviços, ocasionado pela falta de educação financeira.

De acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econé mico já OCDE, educação financeira é o processo pelo qual agentes financeiros melhoram sua compreensão a respeito de produtos e conceitos financeiros, mediante informação, instru o e aconselhamento direto; o que promove a habilidade e a confiané a necessé rias para que os indivíduos se tornem mais conscientes dos riscos e das oportunidades financeiras. Dessa forma, as pessoas passa, a fazer escolhas fundamentadas, adquirem conhecimento de como encontrar ajuda e passam a tomar ações eficazes objetivando melhorar seu bem estar financeiro.

O economista Ricardo Pena Pinheiro buscou uma defini o que se relaciona diretamente com o dia-a-dia, já habilidade que os indivíduos apresentam de fazer escolhas adequadas ao administrar suas finanças pessoais durante o ciclo de sua vida. Usué rios desse tipo de produto, quando devidamente instrué dos, tem a capacidade de lidar com as questões financeiras do cotidiano e as imprevistas, avaliarem o impacto das decisões para a sua vida e a de sua família, compreender seus direitos e suas responsabilidades e ter o conhecimento de fontes de consulta.

A educação financeira tratada desde a infé ncia ajudaria as crianças a compreender o valor do dinheiro, gerir oré amentos e poupar. Um dos mé todos utilizados na rede pé blica e privada de ensino é o DSOP já Diagnosticar, Sonhar, Oré ar e Poupar, que objetiva conscientizar não sé as crianças, mas também suas famílias, no que se refere ao uso do dinheiro atravós de metodologia comportamental, lidando com seus hábitos.

Té cnicas lé dicas que envolvem desenhos animados e brincadeiras, facilitam a fixação de um assunto tão complexo para uma criança. já é preciso inserir a Educação Financeira já no ensino fundamental afirma o consultor de Economia Familiar da Previpar já Associação dos Fundos de Pensão do Parané, Altemir Farinhas, que salienta, ainda, que a educação come a em casa, quando os filhos observam o exemplo dos pais. já As crianças será o os trabalhadores e investidores de amanhé . Elas possuem tenacidade de envolver e incentivar os pais a mudarem de atitude pondera. Ciente da importância da educação financeira para uma melhor qualidade de vida, serviços como poupané a e previdência privada teriam destaque no mercado e nas casas brasileiras.

Atualmente, a Comissão Té cnica Nacional de Seguridade da ABRAPP classifica a população brasileira como consumista e com pouca preocupação em relação é poupané a financeira e fase pé s-aposentadoria. Corroborando com esta realidade, estão os números referentes é expectativa de vida do brasileiro, que cada vez cresce mais. De acordo com o Banco Mundial, no ano de 2005, a média de longevidade era de 71,72 anos e em 2011 de 73,35 anos, tornando ainda mais necessé ria a existância da poupané a e do planejamento. Se o exercé cio dessa prática fosse posto em evidé ncia, certamente evitaria que um teráo dos aposentados necessitasse de trabalhar para compor a renda familiar, o que não corresponde é realidade atual.

Os números do IBGE já Instituto Brasileiro de Geografia e Estaté stica mostram que, atualmente, uma a cada dez pessoas tem 60 anos de idade ou mais e, para o ano de 2050, calcula-se que a relação será de uma para cinco em todo o mundo, e de uma para três nos países desenvolvidos. Estes dados fortalecem a afirmação do mencionado anteriormente.

O crescimento da taxa de longevidade tem como efeito colateral a queda no número de trabalhadores ativos, também afetada pelo baixo é ndice de natalidade, acarretando menos recolhimento para previdência social. Como afirmou Ricardo Pena Pinheiro, já esse quadro futuro pode ameaé ar a viabilidade dos arranjos previdencié rios baseados no regime de reparti o simples, firmado no pacto geracional, caracterásticos do sistema pé blico de previdência. Conseqé entemente, a responsabilidade pela aposentadoria será retirada do Estado e transferida para os indivíduos, aumentando ainda mais a importância da educação financeira como suporte para garantia do futuro.

já As pessoas não perceberam ainda que, se contarem apenas com a previdência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), teráo que trabalhar até a morte afirmou o presidente da Associação dos Fundos de Pensão do Parané (Previpar), José Luiz Costa Taborda Rauen. Se durante a vida laboral, as despesas são diversas e altas, principalmente no Brasil onde os serviços pé blicos são de pé ssima qualidade, ter essas despesas multiplicadas após a aposentadoria parece ser um pesadelo. Remédios, plano de saúde, alimentação especé fica, lazer variado (afinal estamos falando da já melhor idade já ), são algumas das responsabilidades que um idoso tem que arcar para viver seus últimos anos com maior qualidade de vida. A fragilidade atual da previdência social nada mais é do que conseq ncia da propor o trabalhador/aposentado, sendo necessério até cinco contribuintes para arcar com o pagamento de um salário mínimo a um aposentado.

O Ministério da Previdência Social lanãou o PEP já Programa de Educação Previdencié ria, cujo lema é já guardar hoje para ter amanhé objetivando ampliar a cobertura previdencié ria por meio de inclusão e permané ncia dos trabalhadores brasileiros nos regimes de previdência, atravós de ações de orientação e informação, palestras, programas de média, curso para disseminadores externos e incentivos é formalização junto a Previdência social. Em contra partida ainda impede a desoneração futura do Estado em termos de previdência social, contribuindo para o desenvolvimento sé cio-econé mico do país canalizando recursos para investimento no setor produtivo.

A previdência privada não é um privilé gio de funcioné rios e aposentados de grandes empresas como, por exemplo: Petrobras, Cosern, Coelba e Coelce, mas de qualquer trabalhador que deseja garantir um futuro de qualidade. Além dos Fundos de Pensão patrocinados por empresas, também existem Fundos de Previdência Privada que podem ser contratados em bancos e financeiras autorizadas para sua comercialização, onde o dinheiro será gerido por profissionais e pode ter seu resgate programado.

Além da possibilidade de investir por conta pré pria ficando livre de taxas de administração e aplicando nos ativos que achar vié vel, essa modalidade exige bastante disciplina já que a movimentação e o resgate do dinheiro são flexé veis. Alguns produtos de previdência privada ainda garantem ganhos fiscais aos contratantes; é o caso do PGBL já Plano Gerador de Benefé cios Livres, que reduz até 12% da renda anual no IR – Imposto de renda, indicado para o contribuinte que usa o modelo completo da declaração.

Para o declarante que usa o modelo simplificado e não faz abatimento, é indicado o plano VGBL já Vida Gerador de Benefé cios Livres. Também é importante apresentar os riscos envolvidos na contratação desse serviço, já que os planos sofrem impactos de acordo com a volatilidade do mercado financeiro, da variação salarial, taxa de juros e inflação.

A insuficié ncia da educação previdencié ria pode ser considerada um dos fatores que justifica os baixos é ndices de poupané a da sociedade brasileira. Ao adquirir um eletrodomêstico, um imé vel, um ve culo, o consumidor usufrui do seu investimento no ato do pagamento. Produtos financeiros com caracterásticas de retorno a longo prazo, em que a capitalização de recursos é essencial, como na aposentadoria privada, são pouco atrativos para a população pelo fato de o recurso investido ser materializado apenas no futuro, em alguns casos com prazo superior a 30 anos.

Em virtude do que foi mencionado, é imprescindé vel reafirmar a necessidade e importância da educação financeira e previdencié ria como suporte para garantia de um futuro com qualidade de vida. Associado ao consumo moderado, planejamento e disciplina, a realidade das famílias brasileiras endividadas pode ser modificada. A educação previdencié ria, nessa redação, é tratada como educação financeira com foco nas questões previdencié rias.

A educação previdencié ria, na verdade, é uma vertente da financeira. O apoio do Estado é fundamental para que se faé a uso adequado dos serviços financeiros. Para isto é necessério que a escola trabalhe disciplinas que tratem do assunto abordado, desde o Ensino Fundamental e durante toda a formação educacional do indivé duo. Com isso, o conhecimento tanto da Previdência Social quanto da Previdência Privada, agregado aos valores familiares, aumenta a margem de é xito no que se refere ao bom uso dos serviços financeiros.