Preven é o primé ria
O cé ncer de mama é em parte decorrente de uma sé rie de fatores de risco:
- Idade avané ada.
- Predisposi o gené tica heredité ria.
- Histé rico familiar.
- Menarca precoce.
- Menopausa tardia.
- Radioterapia pré via na regié o do té rax.
- Mamas densas.
- Obesidade.
- Sedentarismo.
- Alcoolismo.
- Tabagismo.
- Terapia de reposi o hormonal (após a menopausa).
Dentre estes, constam fatores que podem ser considerados fatores modificé veis e outros não modificé veis (idade, histórico familiar, mamas densas).
Dentre os fatores modificé veis, você pode ajudar a prevenir o cé ncer mantendo um peso saudável, uma dieta balanceada, fazendo atividade fé sica, não fumando, não ingerindo bebidas alco licas em excesso.
Além disso, para mulheres na menopausa, é aconselhé vel não fazer reposi o hormonal, ou fazé -lo sob orientação estrita de um médico.
Havendo fatores não modificé veis, o que pode e deve ser feito é uma investigação (no caso de haver histé ria familiar de cé ncer de mama ou ové rio), para identificar a possé vel presené a de uma predisposi o gené tica heredité ria, e com base nesta avaliação, poder tomar decisões sobre intervené ões redutoras de risco, discutidas abaixo.
Esta avaliação e a decisão de fazer testes gené ticos, somente devem ocorrer após uma orientação adequada, geralmente feita por um oncogeneticista.
Embora seja difácil quantificar a diminui o do risco de cé ncer de mama especificamente promovida por uma interven o como, por exemplo, perda de peso, vale ressaltar que todas as intervené ões em fatores modificé veis trazem também benefícios para a saúde em outras esferas, não apenas no cé ncer de mama.
Além destas medidas de interven o em fatores de risco, existe a interven o medicamentosa redutora do risco. Nesta estraté gia, mulheres com um risco calculado maior que o da população geral, pode tomar tamoxifeno ou raloxifeno por 5 anos, sendo que estas medicações reduzem de maneira significativa o risco de se desenvolver cé ncer de mama, e esta redução perdura por vários anos, mesmo após o té rmino dos 5 anos de medicação.
Lamentavelmente, esta preven o medicamentosa ocorre é custas de efeitos colaterais frequentemente mal aceitos pelas mulheres, como ondas de calor, sudorese exacerbada e reten o de lé quido.
Pacientes com predisposi o gené tica (heredité ria) ao cé ncer de mama
Hé alguns aspectos na histé ria pessoal e familiar de pacientes que nos fazem pensar na possibilidade de uma predisposi o gené tica. Sé o estes fatores:
Cé ncer de mama diagnosticado antes dos 50 anos em parentes de primeiro ou segundo grau.
Histé ria de parentes com cé ncer de mama ou de ové rio.
Familiar com cé ncer de mama em ambas as mamas; ascendé ncia judia Aschkenazi.
Parente homem com cé ncer de mama.
Embora haja diversas mutações gené ticas heredité rias que podem predispor ao desenvolvimento de cé ncer de mama, aquelas mais frequentemente associadas ao cé ncer de mama (e de ové rio) são as mutações nos genes denominados BRCA1 e BRCA2. Apenas algo em torno de 10% dos casos de cé ncer de mama diagnosticados são consequé ncias destas mutações, mas para uma pessoa que tenha uma destas mutações, o risco de desenvolver cé ncer de mama (ou ové rio) ao longo da vida é de mais de 50%.
Assim, quando se sabe que uma mulher é portadora de uma destas mutações, é necessé ria uma discussão aberta sobre medidas de preven o, que podem ir desde um seguimento mais frequente e com exames mais sofisticados, como ressoné ncia magné tica das mamas, passando por medicações como tamoxifeno, até cirurgias redutoras de risco, como mastectomia profilé tica ou retirada profilé tica dos ovários.
