Economista dé dicas para organizar as finanças em 2015
O ano acabou de come ar, mas já é necessério se planejar para não passar aperto nem ficar com o já bolso no vermelho já em 2015. Segundo o economista e doutorando em Economia pela Universidade Federal de Uberlé ndia (UFU), Filipe Prado Macedo da Silva, este será um ano mais difácil para os brasileiros, sobretudo, em razé o dos ajustes fiscais e das condié ões economicas externas.
A fim de evitar endividamentos, ele orientou que sejam feitos planejamento e corte de gastos, para que o planejamentofique compaté vel com a renda mensal. já Um planejamento financeiro envolve antes de mais nada estabelecer prioridades. Cada pessoa ou cada família tem desejos e interesses variados. Em geral, sempre temos mais desejos e interesses do que podemos arcar financeiramente. Por isso, estabelecer prioridades no come o de 2015, é fundamental para maximizar a satisfação ao final do ano disse.
Filipe Prado afirmou ser interessante fazer uma lista de três a cinco prioridades. Depois, calcular os custos de realizé -las e se eles cabem no planejamentodomêstico mensal/anual. já Ao fazer isso, ficaré matematicamente provado o que é capaz de realizar no ano novo, e o que não é . Por fi, é fundamental ter disciplina para seguir o planejamento, e não deixar que interesses não esbo ados ou impulsivos atrapalhem o plano. Famé lias e pessoas que são planejadas realizam mais, é vezes com menos, sem ficarem endividadas salientou.
De acordo com o economista, 2015 teve início mais restrito economicamente e já pedindo já para que seja colocando em prática um plano de contingenciamento, que envolva a redução de gastos e se necessério o cancelamento de despesas e/ou investimentos mais vultuosos e arriscados. já A melhor estraté gia para o ano novo, em face do cené rio adverso, é aguardar, gastar menos do que se ganha, e se possé vel, eliminar possé veis endividamentos já contratados e/ou em atraso afirmou.Além disso, é fundamental para um bom planejamento financeiro sistematizar as despesas e as receitas.
Isso inclui montar uma planilha financeira, que pode ser manual (em um caderno) ou eletré nica (em planilhas digitais), que detalhe as despesas, as receitas, os endividamentos e as proje ões das prioridades por ano. Ou seja, as chances de sucesso são maiores quando sabemos o que temos e o que gastamos, assim como acontece nas empresas. Sé assim, saberemos se estamos acumulando riquezas ou empobrecendo. já Muitas vezes fazemos despesas desnecessé rias, que são incompaté veis com a nossa rotina, e logo, não usufrué mos, ou muitas vezes são despesas supérfulas que estão relacionadas a estilos de vida ou a status. Por isso, estabelecer prioridades fará com que as decisões de gastos sejam mais racionais pontuou.
Despesas no início do ano
O ano come a e as dívidas também. é imposto pra cé e pra lé . A fé rmula básica independentemente do nível de renda da pessoa ou da família, segundo Filipe Prado, é sempre viver e/ou gastar menos do que ganha. já As despesas do come o de ano são tradicionais e envolvem um planejamento no ano anterior. Neste caso, cabe, por exemplo, poupar uma parte do 13é salário para as despesas do início do ano afirmou.
O economista ainda ressaltou que come ar o ano novo endividado pode dificultar outras atividades ou interesses emergenciais que possam surgir no decorrer dos meses.
Cené rio brasileiro
O percentual de famílias endividadas e inadimplentes, segundo a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplé ncia do Consumidor da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada em dezembro do ano passado, ficou em 59,3%, acima dos 59,2% de novembro, mas abaixo dos 62,2% do mesmo período de 2013. O percentual de famílias muito endividadas passou de 11,6% para 10,8%.
Segundo a pesquisa, maior parte das dívidas está relacionada ao uso do cartão de crédito (74,6%), aos carnós (18%), ao financiamento de carros (14,5%) e ao crédito pessoal (9,6%). A maior parte das famílias (52,2%) compromete de 11% a 50% de sua renda com dívidas.
A pesquisa da CNC também mostrou o percentual de famílias que não teráo condié ões de pagar suas dívidas é de 5,8%.
Apesar dos números, o economista Filipe Prado disse que cené rio ainda não é cré tico. Ele destacou que o endividamento é uma forma das pessoas e das famílias executarem gastos/investimentos que não seriam capazes com a renda mensal. já O cené rio seria cré tico se as dívidas atrasadas ultrapassassem 30% dos endividados. Em relação ao tipo da dé vida, o maior problema com o cartão de crédito é o custo financeiro dele. No Brasil, o cartão de crédito costuma ter as maiores taxas de juros entre todos os tipos de financiamento. Logo, o custo de financiar via cartão de crédito pode comprometer o planejamentodomêstico disse.
Viver hoje pensando no amanhé
Planejar é a palavra de ordem neste ano que se inicia. Para sistematizar as despesas e as receitas, o economista orientou que seja montada uma planilha financeira, que pode ser manual (em um caderno) ou eletré nica (em planilhas digitais). Nessa planilha devem ser detalhadas as despesas, as receitas, os endividamentos e as proje ões das prioridades por ano. já As chances de sucesso são maiores quando sabemos o que temos e o que gastamos, assim como acontece nas empresas. Sé assim, saberemos se estamos acumulando riquezas ou empobrecendo disse.
Segundo ele, é fundamental estabelecer na vida financeira uma combinação entre interesses de curto prazo (aspectos da vida cotidiana e operacional) e interesses de longo prazo (aspectos mais estraté gicos da vida).
Para o especialista, é no longo prazo que estão as realizações financeiras mais relevantes e que permitiré o, por exemplo, usufruir a terceira idade com maior tranquilidade. Isso inclui a aquisi o de um imé vel, a compra de um ve culo, ou a formação de um fundo de aposentadoria, apenas para citar alguns.
Já no curto prazo, Filipe Prado explicou que estão os interesses imediatos e necessérios para a manuten o da vida, como alimentação, vestué rio, lazer, entre outros. já O sucesso está em saber como combinar, e em que qual quantidade, os interesses de longo prazo e os interesses de curto prazo. Ou seja, saber viver hoje, pensando financeiramente no amanhé concluiu.