A relação da bolha de crédito e do padrão de vida
Problemas financeiros relacionados é macroeconomia são tidos como culpados pelas proje ões ruins nesse aspecto no país. Mas essa mentalidade acaba nos distraindo com causas e não nos deixar ver as consequé ncias que já estão acontecendo: que a situação pode piorar, uma vez que já vivemos uma bolha de crédito, que pode estourar a qualquer momento.
Com a atual situação de aumentos que tem impactos direto no bolso do consumidor, como o combusté vel (aumento de R$0,22 por litro para gasolina e R$0,15 para o diesel), transporte pé blico (de R$3 para R$3,50), energia elé trica, é gua, financiamento da casa pré pria (Caixa Econé mica), dentre outros, somada é realidade de compra a prazo da população brasileira, o crédito é um meio eficaz que possibilita a aquisi o de produtos e serviços. Isso não seria um problema se tivé ssemos nossa população alfabetizada financeiramente, o que não aconteceu conosco e tão pouco com nossos pais e avós.
Para se ter ideia, no Brasil, já são mais de 54 milhões de inadimplentes, segundo o Serviço de Prote é o ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), ou seja, são pessoas que comprara, adquiriram produtos e/ou serviços, mas não tiveram condi o de pagar. E, para piorar, a solu o que se encontra é utilizar empréstimos, limites do cheque especial, linhas de crédito, etc. Isso é uma atitude té pica de uma população que não é educada financeiramente, porque essa prática é paliativa e sé resolve naquele momento, não impedindo que volte a acontecer.
Claro que é até uma situação compreensé vel, já que faz 20 anos que conquistamos nossa estabilidade economica, especialmente pelo fato de controlar a inflação, e, além disso, de uns tempos para cé, a facilidade de crédito aumentou, o que faz com que se tenha uma pseudomelhoria no padrão de vida das pessoas. Com esse comprometimento maior da renda com o crédito, o risco de a chamada nova classe C voltar para a D ou até mesmo ir para a E também aumenta.
Por isso, o importante agora não é ficar procurando culpados já marketing publicité rio, o fácil acesso ao crédito, a conjuntura economica ou até mesmo o resultado da elei o mas sim resolver a questão e não deixar que piore. Como? Investindo em educação, principalmente na financeira. é necessério que, no processo educacional, se tenha uma grande reflexé o sobre projeto de vida, sonhos.
Esse é o principal aspecto da educação financeira: abordar, de forma comportamental, a relação com dinheiro, em prol da sustentabilidade, evitando o consumo desenfreado, que nos levou a bolha do endividamento. é assim que tem que ser o verdadeiro poder de compra da população: gradativo, consciente e saudável.