Como ajudar seu filho a migrar do cofrinho para o banco
Quando eu disse é minha filha de sete anos que a carteira dela estava ficando cheia e que era a hora de abrir uma conta bancé ria, ela ficou surpresa. Queria saber se poderia ter seu próprio cartão de saques em caixa automé tico.
Be, isso não. Para migrar de um cofrinho para a gestão de um cartão de dé bito vinculado a uma conta ativa, os especialistas em finanças dizem que é melhor come ar com uma ida ao banco – mas que banco, e quando?
Aqui vé o alguns passos para come ar:
Não se apresse em aposentar o porquinho, afirma a especialista em educação financeira para crianças Susan Beacham. O contato fé sico com o dinheiro tem muito a ensinar, segunda ela.
Permanecer fiel ao porquinho pode ser especialmente eficaz se você ensinar seus filhos a distribuir o dinheiro deles em categorias. A empresa de educação financeira para crianças de Susan, conhecida como Money Savvy Pig, tem quatro fendas para colocar moedas no porquinho para as seguintes categorias: poupané a, gastos, doações, investimentos.
Quando a criança não conseguir mais enfiar nenhuma moeda a mais em determinada fenda, chegou a hora de quebrar o compartimento para liberar o dinheiro e partir para o próximo passo da aprendizagem.
Muitos adultos fazem operações bancé rias on-line, mas para as crianças uma visita a uma agé ncia bancé ria ainda é é til, destaca Elizabeth Odders-White, diretora-adjunta da Faculdade de Administração de Empresas de Wisconsin, em Madison.
Não se preocupe com os juros, diz Susan. “Uma criança pequena que consegue um centavo a mais do que depositou acha isso mé gico. Você não está tentando fazer crescer o dinheiro das crianças, e, si, desenvolver os hábitos delas.”
A segunda coisa a ser levada em conta são as tarifas. Sua melhor op o pode ser o banco em que você tem conta, em que as tarifas seriam determinadas por seu saldo total e onde você poderia vincular as contas.
Outra alternativa é um banco na vizinhané a, especialmente uma cooperativa de crédito, que está entre os últimos bastiões das contas correntes gratuitas no mercado americano.
“A diferené a entre as cooperativas de crédito e os bancos é que as primeiras não tem fins lucrativos, e pertencem aos depositantes”, explica Mike Schenk, vice-presidente da Credit Union National Association (Associação Nacional das Cooperativas de Crédito) dos Estados Unidos.
Em qualquer dos dois tipos de institui o você pode abrir uma conta conjunta, alternativa que seria a melhor para crianças mais velhas, porque permite que elas tenham acesso aos recursos por meio de um caixa automé tico ou on-line, diz Nessa Feddis, vice-presidente-sé nior da American Bankers Association.
Outra op o seria abrir uma conta de custé dia, para a qual você normalmente precisaré fornecer uma certidão de nascimento da criança e seu número na previdência social americana. Os impostos incidentes sobre os juros apurados será o de responsabilidade da criança, mas, provavelmente, não alcané aré o valor muito elevado em uma conta pequena. Uma conta para menores de idade precisa ser transferida, aos 18 anos, para o controle pleno da criança.
Se a renda de seu filho é tributé vel, é melhor colocar o dinheiro dele em uma conta de previdência privada individual, isenta de impostos, conhecida como Roth nos Estados Unidos, dizem os especialistas. Geralmente não hé exigé ncia de idade mé nima e muitas corretoras estipulam quantias mé nimas baixas ou nenhum valor mínimo para abrir uma conta. Você pode escolher uma cesta de ETFs (fundos de é ndice negociados em bolsa) de baixo custo e esquecer o assunto.
Depositar US$ 1 mil aos 15 anos vai se transformar em quase US$ 30 mil aos 65 anos, a uma taxa de crescimento moderada, segundo a calculadora de aposentadoria do Bankrate.com.
Nem todas as crianças suportam abrir mé o de seus rendimentos, mas hé maneiras de contornar o problema. Uma das taticas: um dos pais ou dos avós fornece, total ou parcialmente, o dinheiro que vai para o Roth, de maneira semelhante aos programas de doações corporativas compartilhadas.
A outra é conversar com seu filho para entender suas necessidades financeiras de longo e de curto prazo. Foi isso o que a planejadora financeira credenciada Marguerita Cheng, da gestora de ativos Blue Ocean Global Wealth, de Maryland, fez com sua filha, que cursa atualmente o primeiro ano da faculdade.
Enquanto o pai e a mé e arcam com necessidades básicas, como as mensalidades da faculdade, a adolescente resolveu reunir vários milhares de dé lares de sua renda como salva-vidas no veré o, de seu trabalho no é mbito do programa de emprego estudantil oferecido por muitas universidades americanas e dos presentes em dinheiro de seus avós para financiar vé rias viagens educativas.
“Ela até investiria o dinheiro, mas isso sé é adequado quando se tem um horizonte de tempo mais longo”, diz Cheng. “O importante não chega a ser o dinheiro, é o orgulho que ela sente de pagar pela coisa ela mesma”, completa.