Mulheres bem-sucedidas dividem suas experié ncias sobre dinheiro
Mulheres bem-sucedidas contam como elas se relacionam com dinheiro e cuidam das pré prias finanças . Confira:
Kelly Possebon, financista e diretora da Mulher Capital
já O que muitas pessoas tem em mente sobre algué m das finanças é que elas nasceram assim. E não, ningué m nasce usando HP 12C ou calculando taxas e retornos. Hoje, após 16 anos no mundo das finanças, resta olhar para três e sorrir. Sorrir para aquela menina que aos 18 anos resolveu morar sozinha, e ser já dona de sua vida já .
E eu fui, tanto dona da minha vida, quanto das enrascadas financeiras que um jovem pode enfrentar longe da vida mé gica da casa de seus pais. Com aquele salário do 1é emprego, na loja daquela chefe tirana, de onde saé correndo 9 meses depois, a possé vel paz ao me livrar dela, teria outro custo já como pagaria minhas contas?
Se tiver algué m aé pensando que as contas eram sobre bolsas, roupas, sapatos e cia está mais que enganado. Fora aluguel, luz, prestações de 3 mé veis é nicos adquiridos para iniciar a vida na já nova casa estava chegando o dia da matré cula na universidade.
Perdida em meus pensamentos, meio da tarde, a campainha tocou. Minha amada vé Aida me conhecia o suficiente para saber que eu não pediria ajuda a ningué m. Ela sabia também o qué aqueles meses atrês de um novo emprego fariam ao meu CPF e noites de sono.
Vim te ajudar, vamos planejar? Disse minha vé . E foram valiosos 3 meses de educação financeira até o novo emprego. Ganhei dela o pagamento do 1é semestre na universidade, e descobri que não mais seria jornalista. Ela exigiu pagamento: cadeira na primeira fila no dia da formatura.
Infelizmente a vida não permitiu sua presené a no grande dia, ao menos naquela cadeira. Hoje levo aos clientes da Mulher Capital a pessoa real, as possibilidades muito além destes 16 anos de experié ncia acadé mica e profissional. Divido o que fiz e faé o.
Muito mais que té cnica, tem que ter alma, pois a cada dia que nasce nós acordamos batalhando por um futuro, então cuido do dinheiro de hoje para té -lo como aliado ali neste futuro. E além do planejamento, acredito no poder. No poder dos juros compostos, para o bem e para o mal.
Meu segredo? Escolhas inteligentes quanto ao dinheiro, trabalho por ele para depois colocé -lo trabalhar por mim já .
Luciana Caletti, CEO da Love Mondays
já Acredito que ter uma relação saudável com o dinheiro é importante para a felicidade. Diria que uma relação saudável é você não precisar se preocupar com dinheiro o tempo todo, poder ter a tranquilidade de que você poderé pagar as contas no fim do mês. Para chegar lé, acho que o mais importante seja priorizar seus gastos.
Procuro estabelecer prioridades de acordo com o que me faz feliz. Sou muito economica em certas áreas, mas em outras gosto de desfrutar dos frutos do meu trabalho. Gosto, por exemplo, de investir em viagens e experié ncias de aprendizado, seja um curso de lé nguas, um MBA ou aprender a tocar um instrumento musical.
Para poder investir nas coisas que eu gosto, sou bastante economica em outros aspectos: por exemplo, gasto muito pouco com roupas e procuro evitar gastos desnecessérios no dia a dia.
Hé anos queria empreender e deixar as finanças em dia foi um aspecto fundamental para eu conseguir realizar esse sonho. Alguns anos antes de deixar a vida corporativa estabeleci um objetivo financeiro para poder abrir meu negé cio e mês a mês prestei aten o na conta bancé ria para ter certeza que estava no rumo certo.
Traé ar um objetivo claro e que inspire você é uma é tima maneira de cortar os gastos desnecessérios e economizar para atingir esse objetivo, seja ele come ar a sua empresa, fazer uma viagem ou um curso de pé s-graduação já .
Carolina Ruhman Sandler, fundadora do site Finané as Femininas
já Eu aprendi a lidar com dinheiro com meu pai. A partir do momento em que comecei a ter mesada, era estimulada a ter um controle daquilo para conseguir poupar para comprar o que eu quisesse, e não gastar tudo em chiclete e gibi.
Quando ganhei um talé o de cheques (na é poca, ningué m dava cartão de crédito para os filhos!), aos 15 anos, ele deixou clara a contrapartida: eu tinha que me organizar para entregar todos os meses para ele um relaté rio de gastos. Passei a ter um planejamentosem nem conhecer a palavra.
Quando fiz 18 anos, meu pai me deu uma enorme pasta azul, cheia de declarações de Imposto de Renda, noté cias de jornal, relaté rios de bancos de investimento. Meu trabalho era ler tudo aquilo para podermos fazer uma rodada de conversas ao longo dos meses seguintes. Eu podia perguntar tudo o que quisesse. Essas conversas, que passamos a fazer sempre em almo os semanais, viraram a base da minha educação financeira.
Eu saé de casa cedo, aos 24 anos, para morar sozinha. Mas como já tinha o hábito de controlar meus gastos, consegui fazer a transi o de uma forma tranquila. Sempre anotei tudo, acompanhei meus gastos ao longo do mês e aprendi a guardar sempre uma parte do que ganho para realizar meus sonhos.
Hoje, eu controlo meus gastos com uma planilha dividida em apenas 3 categorias: gastos essenciais (moradia, alimentação, transporte, etc), supé rfluos (lazer, compras, presentes, etc) e investimentos. Procuro fazer de tal forma que os essenciais correspondam a 50% dos meus ganhos, os supé rfluos, a 30%, e os investimentos, a 20%. Assim sempre consigo guardar um pouquinho todo mês já .
Annalisa Dal Zotto, sé cia da Par Mais Planejamento Financeiro
já Desde novinha, gerir dinheiro sempre caiu na minha responsabilidade. Aos 12 anos, já tinha conta corrente e talões de cheques para fazer o mercado para minha mé e. Quando me casei aos dezessete anos meu marido logo me delegou o controle das finanças e do patrimé nio.
Esté no meu sangue a boa relação com o dinheiro, gosto e me sinto bem administrando finanças, minhas ou dos outros. Foi por isso que me dediqueié e me empoderei financeiramente.
Agora enquanto empresé ria, sinto um misto de satisfação e apreensão. Satisfação, ao ver a mudané a que o meu trabalho e do time da Par Mais faz na vida dos nossos clientes. Apreensão, porque empreender no Brasil é muito complicado, exige muita criatividade, perseverané a e resilié ncia. Manter o time engajado, oferecer sempre o melhor aos clientes, pagar as contas e ainda conseguir prosperar é o meu prazeroso desafio diário.
No come o, precisei matar um le o por dia para provar, num segmento predominantemente masculino que é o mercado financeiro, que mesmo sendo mulher, bem casada, apaixonada pelos filhos, alegre e ainda por cima loira, que podia também ter cérebro e talento como qualquer um deles.
Mas isso são é guas passadas, hoje não existe mais essa necessidade, pois sou tratada e respeitada como igual. Mas sei bem que a cada minuto, muitas mulheres tem que vencer essa guerra.
Para mi, o grande desafio do momento é ser inovadora, é fazer a nossa companhia respirar inovação e utilizar todos os recursos tecnolé gicos que estiverem ao nosso alcance para tornar nossa missão, que é a de empoderar financeiramente as pessoas em grande escala, uma realidade. Eé como a maioria das mulheres, tenho garra e perseverané a suficiente para seguir em frente já .