Conheça os principais impactos do aumento da taxa Selic
16/08/22

Conheça os principais impactos do aumento da taxa Selic

Aqui destacamos alguns aspectos importantes do que representa esse aumento

Para quem não sabe, a taxa Selic é a taxa básica de juros da economia, referência para o cálculo da maioria dos juros no mercado. Quando a taxa aumenta, as modalidades de crédito ficam mais caras. No entanto, quando diminui, as despesas dos bancos e das financeiras ficam menores, o que possibilita uma oferta de crédito mais barata ao mercado, ampliando o acesso aos consumidores finais.

Este ano, a Selic acumula uma alta constante com sucessivos aumentos (já são 12º seguidos), atingindo 13,75%, o maior índice em 5 anos. Como a inflação do País está alta, essa costuma ser o principal motivo de elevação da Selic, pois o Banco Central do Brasil a utiliza a também como forma de controlar a inflação. No entanto, a taxa de juros real (antes de descontar a inflação) é bem inferior pois a inflação já registra, no acumulado dos últimos 12 meses, mais 10% ao ano.

Com o último aumento da Selic, temos a soma 9,75% de alta, o encargo começou a elevar há pouco mais de um ano, desde março de 2021. Em consequência, a poupança está mais defasada com distância de rentabilidade em torno de 6% referente a Selic, pagando entre 7% e 8%. Na prática, isso significa que se você investir R$ 10 mil na poupança, em um ano terá R$ 10.800. Já se aplicar o mesmo valor no título Tesouro Selic, terá em torno de R$ 11.375 (em valor bruto, ou seja, sem descontar os impostos).

Com a alta da Selic pedir empréstimo para Bancos, ou empresas financeiras se tornou mais caro e não tem como lutar contra. Para te emprestar dinheiro essas entidades se baseiam no mercado financeiro. Este cenário afeta a população de maneira geral e também as empresas. O aumento dos juros não incentiva tomada de empréstimos para realizar investimentos. Também prejudicam as finanças públicas, já que os países também tomam empréstimos ao emitir títulos de dívida.

A alternativa é buscar rendimentos acima da inflação tanto no mercado como em títulos do governo federal (o chamado Tesouro direto), que possuem retornos mais próximos ou até acima da Selic.