A importância da educação financeira para a Geração Z
Para uma parcela considerável da população brasileira, alguns fatos como os anos de chumbo da ditadura no Brasil, a queda do muro de Berlim, a dissolução da União Soviética, o assassinato do seringueiro Chico Mendes e o primeiro processo de impeachment no país, do ex-presidente Fernando Collor de Mello, são conhecidos por serem relatados nos livros de história. São pessoas que fazem parte da Geração Z, composta por quem nasceu a partir de 1996.
Diferente das gerações anteriores, a X, cujos integrantes nasceram entre meados dos anos 60 até 1980, e a Y, que reúne quem nasceu entre 1981 e 1995, a Z compreende jovens que mudam rápido de opinião, seja em relação aos gostos pessoais ou aos hábitos de consumo.
Como se sabe, quem é dessa faixa etária costuma ir bastante para a balada e, em muitos casos, deseja se tornar independente, saindo da casa dos pais para ir morar sozinho. Quando isso acontece, alguns esquecem que, além da tão sonhada liberdade, terão de arcar com despesas até então sob responsabilidade dos pais. Gastos como aluguel, alimentação, contas de água, gás e luz, entre outros, passarão a fazer parte do seu dia a dia.
Então, eis que surge um questionamento: como cobrir tudo isso com um salário que, na maioria das vezes, não chega a ser suficiente para honrar todos os compromissos? É aí que se percebe a importância fundamental dos pais na orientação financeira dos seus filhos. Quanto mais cedo forem educados financeiramente, maiores serão as chances de, no futuro, não fazerem parte das estatísticas relacionadas à inadimplência.
De acordo com dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 46% dos consumidores com idade entre 25 e 29 anos estão negativados. Por natureza, os desejos fazem parte do ser humano e, em via de regra, eles são transformados em necessidade. Por exemplo: se alguém tem um carro, por mais simples que seja, não irá demorar para que ele vislumbre um modelo mais equipado e por aí vai.
O grande problema é que, na maioria dos casos, esta pessoa não está organizada para gastar de forma consciente ou investir os seus rendimentos e, assim, conquistar os seus objetivos. É preciso não só saber o quanto, como e com o que se gasta, mas, principalmente, ter metas bem traçadas para, enfim, realizá-las.
Seja qual for a geração (baby boomer, X, Y ou Z), a educação financeira não deve ser encarada como um martírio, e, sim, ser vista como uma poderosa aliada para a concretização dos seus objetivos. O dinheiro não é um fim, mas, um meio para conseguir aquilo o que se deseja.