Aposentadoria tranquila para planejar o futuro
É urgente pensar no amanhã. A Previdência Social, o antigo Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS, oferece a condição para o empregado continuar recebendo uma renda, mesmo que, por idade, saúde ou qualquer outro fator, o regime o considere inativo. Mas especialistas apontam que, para manter o padrão de vida, é preciso criar uma renda complementar, produzida a partir de investimentos de longo prazo.
Conforme estudo exposto pelo diretor-geral da Rodarte Nogueira, Consultoria em Estatística e Atuária, João Roberto Rodarte, tanto para quem ganha o teto da aposentadoria, R$ 4.159,00, quanto para os de menor nível de renda, a complementação se faz necessária. "Na comparação entre o benefício do INSS e o último salário, as perdas podem chegar a 34,61% aos trabalhadores aposentados com o teto e 48,17% aos indivíduos remunerados com dois salários mínimos, por exemplo."
Os planos previdenciais que podem ser acrescidos à aposentadoria são mantidos por entidades abertas, conhecidos por Previdência Privada; e fechadas, os Fundos de Pensão. As entidades abertas são constituídas por bancos e seguradoras e voltadas a quaisquer pessoas. Normalmente, possuem planos de contribuição definida, em que, de modo geral, com base em previsão de benefício futuro, é estabelecido o nível de contribuição. O inscrito colabora sozinho para a construção de tal renda.
As Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPC´s são concebidas por empresas ou associações com o intuito de assistir os seus trabalhadores ou associados. Há a figura do patrocinador, que, também contribui mensalmente para constituição das reservas. Oferecem planos de contribuição definida ou de benefício definido, quando o benefício tem seu valor ou nível previamente determinado. "Este é um Sistema robusto, necessário e que vai ser cada vez mais incentivado pelo Governo Federal", afirma o secretário de políticas de Previdência Complementar, do Ministério da Previdência Social, Jaime Mariz.
Seguindo o princípio básico da gestão de ativos, de evitar colocar todos os ovos na mesma cesta, especialistas sugerem diversificar com aplicações financeiras. Para compensar perdas de um investimento com outro, pode-se elaborar um bom plano incluindo pelo menos duas alocações, além dos planos previdenciais complementares.
Dentre as mais conservadoras estão os títulos públicos, ativos de renda fixa, os quais financiam a dívida pública e projetos do Governo Federal. Existem títulos prefixados, em que o valor bruto a receber é definido; e pós-fixados, com retorno vinculado a um indexador, cujo valor recebido dependerá da variação desses índices.
Entre os investimentos mais ousados estão os imóveis e a Bolsa de valores. Segundo o diretor de Análise de Risco da Assimétrica Consultoria Financeira e Previdenciária Ltda, Clidenor de Lima Júnior, cada família tem seus compromissos. "É em função da renda, dos objetivos e do nível de risco ao qual você quer se expor que se elabora o planejamento financeiro", aconselha.