Casamento e dinheiro: vocês conversavam sobre dinheiro antes do Sim ?
Nasci na dé cada de 70 e me casei (pela primeira vez) na dé cada de 90, a mesma em que conheci a Internet. é vezes até me esque o de como era possé vel viver sem a Internet. Alguns, mais nosté lgicos, chegam a dizer que a vida era melhor. Eu prefiro dizer que ambas as é pocas possuem pontos positivos e negativos.
O fato é que antes da Internet a informação circulava com menos facilidade. Aquelas bibliotecas enormes, algumas municipais, outras dentro das universidades, era o local mais apropriado para se buscar conhecimento. Os mais abastados formam suas bibliotecas particulares, a iniciar pelas enormes enciclopé dias com seus livros pesadões.
Obviamente, era mais difácil também ao pé blico comum aprender a lidar com o dinheiro e suas nuances. Em paralelo, esta foi uma geração onde a mulher expandia com velocidade a sua atuação no mercado de trabalho, ganhando seu próprio e merecido dinheiro.
Elas estavam experimentando uma outra forma de independé ncia financeira, aquela em que não dependiam do marido. Então essas duas situações se unem: um casamento onde a educação financeira era quase inexistente e uma nova fonte de renda surgindo com o trabalho da mulher.
O dinheiro dele é de todos, mas o dela é sé dela?
O home, que estava acostumado a trabalhar para toda a família, via o dinheiro gerado cumprindo o seu papel; mas a mulher, diante da nova experié ncia financeira, muitas vezes usava o dinheiro para suas pré prias necessidades (cabeleireiro, roupas, cosmé ticos, acessérios, etc.).
Come ava um problema: o dinheiro dele era de todos, mas o dela era sé dela. Se você já experimentou isso, saiba que você faz parte da maioria dos casais, principalmente se você vem de gerações próximas da minha.
O problema com isso é que o ambiente domêstico fica bastante vulneré vel é divergé ncias e discussões, muitas vezes acaloradas, sobre a administração financeira familiar.
Como consequé ncia dos possé veis desentendimentos, podem haver desvios de conduta maiores, como já vingané as e traié ões financeiras onde um cé njuge busca atacar o outro atravós de um consumo ego sta, com a justificativa de que foi ele quem trabalhou e por isso tem direito de gastar como quiser.
Em situações menos cré ticas, a família conduz numa boa as diferené as nas fontes de renda de cada pessoa, mas adota o estilo já deixa a vida me levar onde falta o planejamento para criação, manuten o e aumento do patrimé nio.
Leitura recomendada: Crise financeira no casamento: como lidar com as dificuldades e dar a volta por cima?
De um modo ou de outro, ou ainda em derivações destes exemplos, a questão é que muitas pessoas, ainda hoje, entram para uma relação matrimonial em que o máximo que tiveram de conversas sobre dinheiro foi em relação é despesas com a festa de casamento (muitas vezes exagerada e financiada, inaugurando o planejamentofamiliar com uma dé vida).
Administrando e resolvendo os conflitos
A falta de recursos financeiros no lar gera tensão e funciona como um pavio, cujo fim detona uma sé rie de outros pequenos problemas conjugais e que vé m é tona em forma de acusações e justificativas ego stas sobre o modo como cada um mais gosta de agir. O fim você já sabe: contribui o para o aumento das estaté sticas de divé rcio (eu já contribué, e dé i muito).
Se o seu casamento come ou mal em relação é finanças, ou se você perdeu o controle no meio do curso, isso não é motivo de desespero. Ao contrário, é uma é tima oportunidade para o desenvolvimento de um grau maior de maturidade e intimidade do casal.
A solu o vem atravós do conhecimento, de instrué ões especé ficas sobre como administrar de maneira participativa as finanças do lar. Ferramentas como a confiané a, transparé ncia, dié logos francos e respeitosos (e ouvidos atentos é necessidades do parceiro) será o muito bem-vindas para ajudar a consertar a situação.
Exercé cios de oré amento, como o controle financeiro e uma reunié o semanal para discussão e alinhamento dos gastos são é timos para desenvolver o hábito de dialogar sobre o assunto.
Se você gosta de livros e ainda não possui estes dois citados abaixo, bastante conhecidos, eu os recomendo, pois me ajudaram bastante em minha é poca de ignoré ncia em relação ao assunto:
- Casais Inteligentes Enriquecem Juntos, de Gustavo Cerbasi;
- Dinheiro é um Santo Remédio, de Conrado Navarro e André Massaro.
Por fi, aproveitando nossa era de inclusão digital, aqui no Dinheirama.com você tem um dos maiores acervos de finanças pessoais gratuitos da internet, com mais de 3.500 materiais, entre textos, e-books e vé deos.
Conclusão
O importante é que o dinheiro seja visto pela família como um instrumento de liberdade, tanto para melhoria da qualidade de vida, como para proteção em é pocas de instabilidade, além de promover a melhoria da sociedade atravós de doações para instituições filantré picas.
Desejo que o seu casamento seja verdadeiramente rico, e que nele prevale a o amor, a alegria, o carinho, o respeito e a fidelidade.