21/03/16

Cidade para os mais velhos

O envelhecimento da população mundial é fato. O fené meno é subproduto da transi o demogré fica que pode ser traduzida por quedas nas taxas de mortalidade e fertilidade.

Atualmente, a taxa de fertilidade total está abaixo do nível de reposi o em praticamente todos os países industrializados. Em regiões menos desenvolvidas, o declé nio da fecundidade come ou tardiamente, mas avanãou mais ré pido do que nas regiões mais desenvolvidas.

O crescimento da população idosa está acontecendo a taxas mais elevadas que as do aumento populacional. O número de pessoas idosas triplicou nos últimos 50 anos e, segundo publicação do Departamento de Estudos Econé micos e Sociais da ONU, irá mais que triplicar nos próximos 50 anos. Em termos relativos, o percentual de pessoas idosas deve dobrar no próximo meio sé culo.

Independentemente dos será ssimos problemas de sobrevivé ncia dos atuais modelos previdencié rios enfrentado por muitos países, será que as cidades estaré o preparadas para receber adequadamente um enorme contingente de idosos?

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saé de), os padrões de urbanização e o envelhecimento da população será o aspectos chave na formatação e na modelagem das cidades.

A convergé ncia do ré pido processo de urbanização com o envelhecimento populacional conduz a desafios e oportunidades para o desenvolvimento de solué ões urbanas. Estimulado por esses desafios, o governo de Singapura está desenvolvendo o projeto “Cidades para todas as idades”, cujo objetivo é melhorar a qualidade de vida no ambiente urbano e desenvolver solué ões e serviços integrados e amigé veis aos idosos.

Pretendendo criar condié ões de vida independente aos mais velhos, para que continuem socialmente engajados, além de proporcionar uma comunidade mais coesa e vibrante, com participação ativa dos idosos, o projeto deve focar em quatro áreas principais.

Em primeiro lugar, promover amplo programa de pesquisa nas universidades. Em seguida, desenvolver espaís os urbanos amigé veis e planejados para o atendimento das caré ncias daquela população. Em terceiro lugar, desenvolver modelos que possam estimular a produção e comercialização de produtos e serviços especé ficos para aquela faixa eté ria. E, por último, implantar centros de excelé ncia no estudo do envelhecimento.

A preocupação com esse fené meno levou também a OMS a publicar o “Guia Global das Cidades Amigas das Pessoas Idosas”, que destaca as preocupações expressas por pessoas mais velhas nas 33 cidades pesquisadas, no que diz respeito a espaís os urbanos, habitação, participação social, respeito e inclusão, engajamento cé vico e emprego, apoio comunité rio e serviços de saúde.

A saúde mostrou-se um dos aspectos mais importantes, ressaltando-se a necessidade da diversidade nos serviços. Os cuidados e o apoio é vida em domicé lio também são fundamentais, além de modelos inovadores de residé ncias para terceira idade destinadas é queles que não conseguem viver sozinhos.

Em cada uma das questões avaliadas, a descri o dos resultados termina com a defini o das caracterásticas principais de uma cidade amiga das pessoas idosas, elaborada com base na ané lise dos relaté rios de todas as cidades participantes da pesquisa.

Não temos alternativa. Devemos estar preparados para desenvolver e construir “cidades amigas” das pessoas idosas, que possam melhorar a qualidade de vida da população é medida que ela envelhece, em um mundo cada vez mais idoso e urbano.