26/08/13
Como fazer a sua educação financeira
Dinheiro continua sendo um assunto de difícil abordagem quando se levam em consideração os aspectos relacionados ao planejamento financeiro pessoal, orçamento, relacionamento familiar, dentre outros aspectos. O terreno das finanças pessoais parece ser e realmente é árido.
Geralmente, o assunto só vem à tona quando surgem problemas relacionados à falta do dinheiro, quando as contas atrasa, o cartão “estoura”, o empréstimo vence, o cheque especial se transforma em “espacial” indo parar na estratosfera e por aí vai, mas nunca quando sobra, pois sempre arranjamos uma forma de “torrar” em alguma liquidação ou promoção que subitamente nos enfeitiçam os olhos.
Curiosamente somos “envolvidos e consumidos” pela cultura do consumismo, imediatismo, compulsão. A emoção fala mais alto do que o ser racional que pensamos existir em nosso íntimo. Não somos esclarecidos sobre essa dicotomia razão-emoção existentes e infelizmente a educação financeira ainda não é tratada dentro de nossas escolas desde o nível mais elementar e do lado oposto, poucas são as disciplinas em nível de cursos superiores que tratam de finanças pessoais. A tarefa é relegada para o âmbito familiar, que na grande maioria dos casos falha. Não tratamos de forma clara as relações com o dinheiro, não há compartilhamento de ideais em torno de objetivos financeiros. Assim vamos tocando a vida de forma simplória sem encarar os fatos ou sendo levados por ela, como já cantou Zeca Pagodinho, “deixa a vida me levar, vida leva eu…”.
Diante, então, da situação embaraçosa de endividamento, pois consumimos acima do que recebemos seja de proventos, rendas, aluguéis ou qualquer que seja a fonte de receita financeira, somos forçados a procurar os bancos ou financeiras para tentar equalizar nossas posições, seja através de uma composição de dívidas ou troca de endividamentos por taxas menores quando a situação ainda permite. E aí camarada, não adianta se desesperar e maldizer o sistema não! É colocar a mão na consciência, descer do pedestal e encarar a realidade.
Conseguida a proeza, e então remendado o problema, surge a oportunidade de cortar ou pelo menos reduzir gastos extras que com certeza levam nosso bendito salário mensal para o ralo. Diminuir as idas ao cineminha, o churrasquinho do final de semana, as pizzas e cervejinhas durante a semana, lanches da tarde, as viagens sem planejamento, dentre outras pequenas coisas que evaporam nosso dinheirinho. A partir daí é montar o famoso orçamento mensal, podendo ser desde uns rabiscos num caderninho qualquer ou até mesmo em rebuscadas planilhas que são disponibilizadas em sites especializados em finanças.
Coloque tudo na ponta do lápis. E, então, lembre-se de reservar pelo menos 10% do seu salário para fazer frente a alguma dificuldade que venha futuramente a se apresentar. Forme o famoso colchão contra imprevistos. Isso é possível? A resposta: claro que sim!
Se não tem intimidade com o mercado financeiro, você deve conhecer pelo menos a mais tradicional e fácil forma de aplicar que é a famosa Caderneta de Poupança, que apesar da nova forma de remunerar nosso dinheiro, nem tanto convidativa, ainda continua sendo uma boa opção para aqueles que têm pouco valor para aplicar e não nos obriga a permanecer com o valor aplicado por muito tempo, não tem incidência de alíquota de imposto de renda, e possui liquidez imediata. Quando tiver acumulado um valor razoável aí si, é hora de pensar em aplicar em opções que tragam mais rentabilidade.
A palavra de ordem é disciplina!