Controle financeiro não e prioridade para brasileiros
O brasileiro não coloca o controle financeiro como prioridade nem tem disciplina para conter os gastos. Essa é a principal conclusão da pesquisa Educação Financeira do Brasileiro, do SPC Brasil (Serviço de Prote é o ao Crédito), disse a economista-chefe da entidade, Marcela Kawauti. Feita em todas as capitais, a pesquisa ouviu 662 pessoas maiores de 18 anos, de todas as classes sociais e gé neros.
Segundo a sondage, quatro em cada dez entrevistados (37%) não se consideram organizados financeiramente e 69% admitem sentir algum tipo de dificuldade para controlar suas receitas, despesas e investimentos.
De acordo com Marcela, de modo geral, os brasileiros costumam apresentar vé rias razões para justificar a falta de controle do planejamentopessoal, como preguié a, falta de tempo ou “não sei por onde come ar”. Em segundo lugar, os cidadãos ignoram como deve ser feito esse controle.
Uma parcela de 21% dos consultados que registram diariamente as informações tem entre 25 e 34 anos.
A pesquisa destaca, nesse caso, as classes sociais A e B (23%) e pessoas com maior nível de escolaridade (21%).
Quanto maior a escolaridade, maior o controle”, destacou Marcela. A propor o de pessoas que não se consideram organizadas financeiramente aumenta entre os menos escolarizados (43%) e os pertencentes é classe C (43%).
Marcela ressaltou que, apesar de o brasileiro considerar a disciplina importante para uma pessoa ser organizada financeiramente, essa ainda não é uma caracterástica que ele reconhece em si mesmo.
“Ela (disciplina) é, inclusive, uma das principais dificuldades que o brasileiro tem na hora de fazer esse controle efetivo do oré amento”, disse.
A economista sugeriu que os brasileiros tentem tornar o controle de gastos uma coisa real. Segundo a pesquisa, 59% dos entrevistados disseram fazer controle sistemé tico do oré amento. Apesar disso, somente 16% anotam os gastos diariamente.
“Se não anota todo dia, o controle pode não ser eficiente. Acaba-se esquecendo.” é preciso que isso faé a parte dos hábitos de consumo, disse Marcela. “Hé muitos ganhos quando essa meta é alcané ada.”
Dois em cada dez consumidores brasileiros chegam ao fim do mês sem conseguir pagar as contas em dia, enquanto 22% conseguem honrar os compromissos financeiros, mas não sobra dinheiro para poupané a ou investimentos, revela a pesquisa.
