19/06/13
Dicas para livrar-se das dívidas
Renegociar dívidas pode ser visto por muitos como algo complicado e que exige muitos esforços. O fato é que se sua dívida não cabe em seu orçamento, há diversas formas de negociar um novo pagamento e sair da inadimplência.
Para auxiliar no processo de redução de prestações e obtenção de juros menores, fomos buscar dicas que mostrem como negociar, além de informar direitos e deveres do consumidor.
O cenário brasileiro atual mostra que optar pela renegociação de dívidas é um caminho mais fácil para quitar suas dívidas. Segundo a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o número de pessoas que conseguiram renegociar suas dívidas em maio deste ano foi 4,5% maior que no mesmo período do ano passado.
As últimas informações sobre inadimplência divulgadas pela Serasa Experian mostram que um número recorde de 8,9 milhões de brasileiros conseguiram cumprir suas obrigações de pagamentos no primeiro quadrimestre de 2013.
Entre as causas mais comuns da inadimplência, segundo o economista da ACSP, Emílio Alfieri, estão a perda do emprego no período em que o consumidor pagava um financiamento ou empréstimo e o descontrole financeiro, guiado pelas compras feitas por impulso.
A seguir estão cinco dicas propostas pelo iG Economia para aliviar suas finanças:
1. Prepare-se antes de negociar
É preciso conhecer suas limitações financeiras antes de fazer um acordo com o credor. Afinal, sem uma proposta realista de como pagar a dívida em mente, o consumidor pode aceitar as condições da própria empresa – que podem não ser as mais favoráveis.
“Em uma negociação, vale tentar de tudo. Mas o credor pode recusar o pedido”, aponta Sonia Amaro, supervisora institucional da Proteste. Recomenda-se também ter em mente que é possível que a instituição credora tenha uma contraproposta, cabe ao devedor avaliar se ela cabe no seu bolso.
2. Prefira negociações pessoalmente
Para Sonia, da Proteste, uma atitude importante para tentar uma negociação segura é contatar a empresa credora, como bancos ou financiadoras. “É melhor tentar ser atendido pessoalmente, em um setor especializado”, afirma.
Caso o atendimento não seja possível, é recomendável demonstrar a intenção de pagar a dívida e tentar marcar um horário com o setor responsável por este tipo de processo. Se ainda assim não houver a possibilidade, tente contatar por outros meios, como e-mails.
3. Tente negociar pela internet
Renegociar dívidas pela internet virou o negócio de alguns serviços virtuais como o Quitei.com e o Limpa Nome, da Serasa Experian. A possibilidade é de chegar a um acordo com o credor através de um terceiro.
No entanto, a economista do Idec, Ione Amori, ressalta a importância de pesquisar em órgãos de defesa do consumidor a idoneidade dos sites que oferecem estes serviços. Mais uma vez, se a proposta não vier do devedor, é preciso avalia-la para saber se a mesma é satisfatória.
4. Consulte órgãos de proteção ao consumidor
Os órgãos de defesa ao consumidor têm o papel de ajudar aqueles que têm dúvidas sobre seus direitos e deveres. Ao procurar os Procons de sua região, por exemplo, é possível conseguir auxílio para compreender todas as cláusulas do contrato assinado no empréstimo ou financiamento.
Assim é possível identificar com mais facilidade práticas abusivas que não são permitidas por lei.
5. Evite novas dívidas
Perder o controle dos gastos pode ser mais fácil do que parece, principalmente para aqueles que têm um passado na inadimplência.
“É importante não deixar as dívidas ultrapassarem 35% da renda mensal, além de manter uma reserva em aplicações como a caderneta de poupança, equivalente a uma ou duas prestações, para usar em casos emergenciais, evitando uma nova inadimplência”, orienta o economista Alfieri.
Fonte: Dinheirama