25/07/14

Economizar ou Viver?

 Hoje muitas pessoas e fami?lias brasileiras esta?o endividadas simplesmente pelo fato de gastar mais do que ganha. Mesmo aquelas que possuem um maior esclarecimento, um poder aquisitivo acima da me?dia e uma o?tima formac?a?o, na?o recebe educac?a?o financeira e sofrem com o mesmo problema de endividamento que assola a massa de leigos que na?o possuem acesso a uma boa educac?a?o. Podemos apontar como principais causas desse endividamento, a falta de educac?a?o financeira e o excesso de consumo.

 
Em nossas vidas ha? uma inundac?a?o de propaganda de “ofertas” de diversos servic?os e bens de consumo, que juntamente com a facilidade do cre?dito farto tem levado ao consumo excessivo e excedendo de duas ou tre?s vezes o sala?rio mensal do consumidor. Mas na?o podemos utilizar somente estes fatores para descrever o quadro de endividamento do brasileiro, ha? muitos outros fatores como: a urge?ncia de satisfac?a?o imediata, autoestima, status, entre outros.
 
A busca eterna pelo status tem levado muitas pessoas ao consumo desenfreado e consequentemente ao endividamento. Para na?o se sentirem inferiorizadas elas acreditam que o dinheiro e os bens va?o fazer com que conquistem o respeito e admirac?a?o dos outros. Ao comprar um automo?vel na?o e? simplesmente pelo benefi?cio da locomoc?a?o, a maioria das vezes a escolha e? realizada por conta da sensac?a?o de poder e satisfac?a?o perante os demais. Outro fator determinante e? buscar a autoestima quando se sentem deprimidas por algum motivo. Para resolver esse problema buscam adquirir algum produto ou servic?o que lhe traga prazer imediato e nem percebem que podem estar abrindo as portas para o endividamento.
 
Nesse caso criam uma necessidade enorme do benefi?cio imediato, trocam um planejamento por prestac?o?es, comprar a vista por compras a perder de vista e na?o da?o muita importa?ncia em relac?a?o a?s taxas de juros que incidem sobre o produto comprado ou o cre?dito emprestado e sim se as parcelas a serem pagas cabem no seu bolso. Pore?, va?o obtendo diversas di?vidas por esse a?ngulo e na?o como um todo, e logo essas parcelas ultrapassam o valor que seria o ma?ximo ideal de 30% a ser destinado de sua renda para tal finalidade.
 
Economizar ou Viver?
 
Há um conflito interno entre economizar ou viver? Aproveitar o máximo a vida neste momento ou economizar uma quantia para proporcionar um futuro melhor? Muitas vezes, as pessoas fazem uma coisa ou outra, poré, é possível Economizar sem perder o prazer de Viver, não é necessário ser nenhum sovina e nem um perdulário.
 
O foco para possuir uma vida feliz, consiste na realização do que realmente mais desejamos, na realização de nossos sonhos, na conquista de nossos objetivos. Então, para isso, é importante que em nosso orçamento, demos prioridade para o que realmente nos faça feliz, sem ter que sucumbir as influências de consumo que afeta a maioria das pessoas.
 
Logo, podemos verificar que muitas das causas dos problemas com o dinheiro esta?o relacionadas a? ma? administrac?a?o e na?o a falta dele. As pessoas associam que sempre devem procurar um trabalho com uma remunerac?a?o maior para poder sanar o problema de suas di?vidas, mas quando conseguem um aumento direcionam tal valor para aumentar o seu padra?o de consumo e na?o seu patrimo?nio, como deveria ser feito.
 
No fi, esse comportamento faz com que se tornem escravas do dinheiro por terem que trabalhar mais para obter mais dinheiro ou por terem que viver para pagar as alti?ssimas taxas de juros dos empre?stimos das instituic?o?es financeiras. E a partir dessas frustrac?o?es comec?am a se lamentar que na?o tiveram oportunidade na vida, sendo que na verdade estavam ta?o ocupadas em tentar sair do endividamento que na?o puderam enxergar as diversas oportunidades que bateram a sua porta.
 
Nessa hora, sem perceber, sa?o elas que geram oportunidades para outras pessoas que possuem o orçamento equilibrado, pois para poder quitar os de?bitos com seus credores, se desfazem de alguns bens por um prec?o muitas vezes avaliado abaixo do valor de mercado. Sem contar que muitas pessoas sa?o infelizes em seu local de trabalho e vivem reclamando de seu chefe ou de seus colegas, pore?m por conta do salário que recebem todos os meses e dos compromissos ja? adquiridos na?o podem pensar em largar esse emprego se martirizando todos os dias prolongando sua infelicidade profissional.
 
A conclusão que chegamos, é que não é preciso ser nem 8 nem 80. Viva de acordo com seus sonhos e separe uma verba para que seja possível continuar conquistando todos seus objetivos ao longo do caminho. Não adianta ser um sovina hoje para ter muito dinheiro no futuro e não viver o presente, e também não adianta se transformar em um perdulário, deixando o seu futuro a mercê dos acontecimentos da vida.