Educação financeira deve fazer parte do currículo escolar a partir de dezembro
O Brasil encerrou o ano de 2018 com um aumento de 4,41% no número de consumidores com contas em atraso, na comparação com 2017. De acordo com dados do Indicador de Inadimplência da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), a estimativa é de que o país fechou o mês de dezembro do último ano com cerca de 62,6 milhões de brasileiros com alguma conta em atraso e com o CPF restrito para contratar crédito ou fazer compras parceladas. O número representa 41% da população adulta que reside no Brasil. Os números refletem uma série de problemas. Um deles é a falta de conhecimento sobre Educação Financeira por uma grande parcela da população.
A partir do mês de dezembro de 2019, no entanto, todas as escolas brasileiras devem estar completamente adaptadas às diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Uma das diretrizes diz respeito à Educação Financeira. De acordo com a BNCC, devem ser discutidos, em sala de aula, assuntos como taxas de juros, inflação, aplicações financeiras (rentabilidade e liquidez de um investimento) e impostos.
As mudanças estipuladas pela BNCC já estão aprovadas e entram em vigor para os alunos da Educação Infantil e Ensino Fundamental. No caso do Ensino Médio, a Educação Financeira é importante para desenvolver a compreensão do sistema monetário nacional e mundial, essenciais para uma inserção crítica e consciente no mundo atual. Ensinar crianças e adolescentes a lidar com o dinheiro é muito importante não apenas para eles, mas por serem agentes multiplicadores dessas discussões inclusive junto às suas famílias.
Considera-se importante discutir aspectos ligados ao desequilíbrio financeiro, à falta de planejamento, ao desemprego e seus efeitos nas famílias. Educar sob o olhar da Educação Financeira é uma maneira de preparar crianças e jovens para o futuro, favorecendo sua formação cidadã e tornando-os capazes de estabelecer julgamentos, tomar suas próprias decisões e atuar de forma crítica em relação aos problemas colocados pela vida em sociedade.