Educação Financeira nas escolas
A Educação Financeira nas escolas é um programa do Governo Federal criado em 2009, como estratégia para aumentar a qualidade da educação financeira no Brasil, sendo ministrado na grade curricular em várias disciplinas. Antes, aplicado apenas nas turmas de ensino médio, agora a medida também passa a valer para o ensino fundamental.
Diversas atividades podem ser desenvolvidas junto aos alunos nas escolas e adaptados à sua faixa etária, tais como ensinar as crianças a conhecerem as cédulas, a reconhecer através da aparência seu valor, como comprar. A promoção de bazares de trocas ou vendas, com brinquedos ou roupas entre os alunos, estimulando o gasto consciente, o reaproveitamento de produtos, assim como em parceria com as cantinas escolares, são maneiras de preparar os alunos na compra e venda das mercadorias, gerando debates sobre o consumismo.
Em Pomerode, a Secretária de Educação, Joana Wachholz, informa que a matéria já era ministrada nas turmas de 9º ano, nas escolas da rede municipal. ‘As escolas do município possuem a aula de educação fiscal na disciplina de empreendedorismo. Por enquanto, isso ocorre apenas nas turmas de 9º ano do ensino fundamental’, completa.
Para as demais turmas, será necessário fazer uma análise de como introduzir a aula de maneira apropriada, sem prejudicar a grade curricular já formada. ‘Ainda é muito recente essa orientação do Governo Federal para o ensino fundamental. Então, vamos estudar qual a forma mais apropriada de atender essa solicitação. Por ora, ainda não há obrigatoriedade e nem prazo para aplicação’, explica a Secretária.
Ensinar sobre a história do dinheiro, conhecer os animais e as figuras humanas, as cédulas dos diversos países. Ensinar como funciona uma instituição bancária, o preenchimento do cheque, benefícios e riscos dos cartões de crédito, as taxas de juros nas compras a prazo e à vista, pode-se promover palestras ou debates com economistas. Da mesma forma, promover atividades nas escolas que levem os alunos a perceber a importância de economizar na mesada, de serem organizados, disciplinados e pontuais com as obrigações, as despesas familiares, consumir conscientemente, não comprar por comprar, economizar no orçamento doméstico, saber poupar, saber discernir dinheiro de sentimentos, o que é ter crédito.
É claro que a Educação Financeira ministrada nas escolas será muito importante aos alunos, mas junto com isso, os pais são também parte integrante desse processo, pois o gasto consciente começa dentro de casa.
Educação financeira nas escolas MEC – O programa de Educação Financeira nas Escolas criado pelo Governo Federal, gerido pelo Ministério de Educação e Cultura e tendo como parceiro o Banco Mundial, está sendo inserido nos currículos das escolas brasileiras, fazendo parte da Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF), criado pelo decreto nº 7.397 para proteção do cidadão de possíveis riscos no gerenciamento de seu dinheiro.
O programa visa despertar o conhecimento em como conduzir o dinheiro, gerenciando, de maneira correta, as receitas e, principalmente, as despesas, evitando gastos desnecessários. Coube ao Banco Mundial elaborar o método de ensino e a análise de conclusão do programa. Como os resultados têm-se mostrado positivos nas avaliações já realizadas, o programa Educação Financeira nas Escolas deve se estender por todo o Brasil.
Projeto Piloto – Uma pesquisa realizada pelo Banco Mundial mostra que o programa de Educação Financeira é uma boa alternativa oferecida pelas escolas do ensino médio para a formação de futuros poupadores. No projeto piloto realizado em várias escolas do Brasil e conforme aulas dadas de agosto de 2010 a dezembro de 2011, 63% dos alunos guardam uma parte de seu rendimento, parte maior que os 59% daqueles que não receberam essas aulas. Também conforme a pesquisa, esses alunos estão inclinados a ter sua poupança, cuidar de seus gastos e até orientar seus pais a ordenar o orçamento familiar.