Se você é daquelas que acha que é impossível pagar as contas em dia, sair para se divertir e ainda guardar um dinheirinho para o futuro sem ficar pendurada no cartão de crédito e sem abrir mão das comprinhas, esta coluna é justamente para você.

 

Milagre? Não! Essa é uma possibilidade concreta e que pode ser alcançada com ajuda do nosso tão querido planejamento financeiro. E quem vai comprovar isso para a gente é a coordenadora do site Investmania, Aline Rabelo.

 

Aline preparou um roteiro indicando as porcentagens ideais do nosso salário que devem ser gastas com cada uma das nossas principais despesas. Obviamente, não dá pra mudar nosso estilo de vida de um dia para o outro, mas colocando essa reorganização do orçamento como meta, em alguns meses, viver essa nova realidade financeira será algo totalmente possível.

 

A primeira dica você já sabe qual é, falta só tomar coragem para fazer: parar de gastar e fazer um levantamento real das dívidas acumuladas. Feito isso, procurar os credores e tentar renegociar os juros cobrados, além de trocar o cheque especial estourado por uma linha de crédito de juros mais baixos (como o crédito consignado). Essa é a fase de apertar o cinto, assim, as comprinhas, por enquanto, terão que esperar um pouco.

 

Com as finanças em orde, é hora de aprender a gastar sem se endividar novamente. A dica da Aline é planejar antes de comprar, ou seja, ter em mente quanto temos por mês para cada uma de nossas despesas. Veja a sugestão dela:

 

 

17% com moradia + compras;

 

13% com educação;

 

7% com transporte.

 

 

17% em ações;

 

13% em poupança ou Tesouro Direto.

 

 

7% em bares e baladas;

 

7% em restaurantes;

 

2% no cinema.

 

 

4% no cabeleireiro;

 

3% na academia;

 

3% na manicure e pedicure;

 

3% na depilação.

 

Compras – 7% do salário.

 

E o mais legal desse esquema é que você pode adaptá-lo conforme suas necessidades. Por exemplo, se você tem um casamento neste mês, sabe que gastará um pouco mais que o previsto com as compras. Dessa forma, ficará fácil de enxergar em qual das despesas você terá que economizar para compensar essa diferença. As saídas de fins de semana, por exemplo.

 

Ou então, se você está planejando sair da casa dos seus pais e ir morar sozinha, consegue perceber se já é hora ou não de dar esse passo. Se sua empresa dá vale transporte, você tem 7% a mais para alocar onde mais estiver precisando naquele momento.

 

Outro exemplo é se você está planejando comprar uma casa. Você pode reduzir temporariamente os 30% que está investindo para 20%, por exemplo, e poupar os outros 10% para a entrada do imóvel. E por aí vai… As possibilidades são infinitas a partir do momento em que você toma a rédea da sua vida financeira.