Poupar segunda parcela do 13º é a melhor opção, diz especialista
A segunda parcela do 13º salário será paga até o dia 20 de dezembro. A estimativa é que sejam injetados R$ 6,2 bilhões na economia de Pernambuco. O momento é bastante esperado por boa parte dos trabalhadores, porque com o dinheiro extra dá para garantir os presentes do final do ano. Mas será mesmo que gastar o 13º é a melhor opção? Pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito verificou que 27% dos entrevistados irão poupar ou investir o valor recebido. Os que irão gastar com presentes de Natal representam 23%, já 17% das pessoas questionadas afirmaram que planejam quitar as dívidas. O menor grupo, cerca de 11%, vai guardar o dinheiro para custear as famosas despesas de início de ano como IPVA, IPTU e material escolar.
Seja qual for o destino do 13º salário, é preciso antes de tudo verificar o orçamento para não começar 2019 no vermelho. Mesmo não tendo dívidas, a dica do economista Rafael Ramos, da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE), é guardar dinheiro. “Para as famílias que têm uma educação financeira boa e que não estão com o orçamento restrito, a gente sempre sugere poupar para momentos de gastos extras como no início do ano. Esse período tem o consumo elevado como compra de material escolar, reajustes de tarifas, IPVA, IPTU. Então é sempre bom guardar dinheiro para esses momentos”, alerta.
Para aquelas pessoas que estão com o nome sujo na praça, o pagamento do 13º pode ser uma excelente oportunidade para a participação dos feirões para quitação de dívidas que costumeiramente acontecem no final do ano. A partir dessas rodadas de negociações é possível, ao menos, diminuir o percentual de juros. “Famílias que já estão com orçamento restrito, que têm um percentual grande da renda destinados ao pagamento de dívidas e até algumas que não têm condições de pagar essas dívidas, as opções são os feirões do final do ano. É a oportunidade de pelo menos abater parte desses juros”, destaca Rafael Ramos.
O economista ainda lembra que, caso não seja possível participar dos feirões, procurar os credores também é uma opção. “Caso não haja o feirão, é bom sempre procurar o credor e mostrar que está disposto a pagar, se tiver renda, e aí tentar negociar para que essa dívida seja reduzida”, informa.