Redes Sociais e Status, uma combin é o perigosa para o bolso
18/09/14

Redes Sociais e Status, uma combin é o perigosa para o bolso

{c502af23-133c-4249-9868-507513f59f0e}_facebookNeste fim de semana, durante um bate-papo com amigos, o assunto que tomou espaís o foi a forma como algumas pessoas lidam com as redes sociais. O comenté rio foi de que em seus perfis ningué m de fato mostra a sua vida como ela é, mas como gostaria que fosse.

Atendo-me ao tema de nosso interesse neste espaís o, observei que quem tem problemas financeiros muitas vezes acaba criando um personagem ficté cio em seus perfis virtuais, algué m que sé demonstra felicidade e ostenta o melhor da vida.

Confesso que nunca havia pensado a fundo na questão, mas durante nossa conversa entendi que seria um é timo tema para um texto. Vou compartilhar algumas ideias por aqui e a partir delas abrir mais uma discussão. Gostaria muito de saber a sua opinié o sobre o assunto.

Redes Sociais e status, uma combinação perigosa para o bolso

Existe um grande mal que faz parte de nossa sociedade e que sempre se renova: a necessidade e a pressão para ter e ostentar cada vez mais. Se não bastasse ter, é necessério ter o melhor (mais caro e mais moderno) e, ainda por cima, exibir tais já conquistas já .

E que lugar é mais apropriado para tanta qualidade de vida artificial e ostentação do que as redes sociais? Navegando por determinados perfis, é clara a inten o de mostrar-se absolutamente diferente da realidade.

Em 2007, ainda no come o do Dinheirama, o Conrado Navarro escreveu o texto já Ego, Dinheiro e Status? Cuidado! em que trouxe um ponto de vista muito interessante sobre o assunto, acompanhe um trecho do texto muito relevante:

já Status é importante? Claro que é . Como sabe, odeio hipocrisia. O ser humano é movido por muitas foré as e uma delas é o ego. Si, o ego. Status é bacana, fala sério! Quem não quer ser reconhecido, ser tido como uma referência, ser respeitado, comentado? Todos queremos. Eu quero.

O problema está em fazer dessa necessidade um projeto de vida, viver em fun o do status. Desfruté -lo depois de um merecido esforé o é uma coisa, criar um status artificial é outra. Ter dinheiro não tem nada a ver com ter status, embora muitos faé am essa perigosa associação. Sinto desaponté -los, mas status é muito mais que isso já .

Sé o ego pode te fazer uma pessoa pior

A verdade é que as redes sociais e a exposi o caracterástica de uma vida desejada serve como uma fuga da realidade, uma tentativa de diminuir o sofrimento com a vida real e seus inúmeros problemas e desafios.

Essa tentativa de fuga pode ser muito cruel, tanto para si como para os outros, já que alimenta a necessidade de ostentar, infla o ego e desperta inveja. O sapato, o carro e o celular novo que estão exibidos nas fotos não retrata, em boa parte dos casos, a real situação das pessoas.

Como acontece com muita gente e (quase um traé o cultural por aqui), hé nas redes sociais uma exploração da caracterástica de não admitir as dificuldades, fingindo e se escondendo atrês de uma realidade que não existe. Algué m precisa pagar a conta (salgada!).

Ao come ar essa reflexé o sobre a ostentação que existe em boa parte dos perfis, também percebi que parece existir uma disputa, uma competi o entre amigos tipo já quem tem mais e melhor já . Uma espé cie de avaliação de quem pode mais, ainda que já sé já na Internet.

A educação financeira pode te fazer uma pessoa melhor

Posso parecer chato ao abordar esse assunto, afinal sei que a Internet é, para muita gente, um mundo é parte, um lugar de diversão e de acontecimentos distantes da realidade. Apesar de achar a visão muito simplista e ingé nua, respeito quem pensa dessa forma.

No entanto, como algué m que gosta de observar o comportamento das pessoas, me vejo em condié ões de fazer uma ané lise cré tica dessa situação. é simples: para manter um status artificial na Internet, muita gente acaba partindo para decisões precipitadas e que conduzem ao endividamento.

Um bem de alto valor comprado sem reais condié ões, usando linhas de crédito com juros altos, é siné nimo de muitos problemas, e problemas bem reais, difáceis de resolver aqui do lado de fora do monitor.

Dentro desse contexto, a educação financeira é grande aliada das pessoas porque age justamente no cerne do problema: sé atravós do consumo consciente é possé vel construir uma relação duradoura e sustenté vel com as finanças . Ou seja, não se trata de dinheiro, mas de prioridades de vida e escolhas.

Via de regra, a ostentação demonstrada nas redes sé cias mais prejudica que beneficia o indivé duo que opta por essa estraté gia. Ao esconder uma realidade desagradé vel, isso acaba se tornando um problema difácil de admitir e enfrentar; é fácil acreditar na vida criada online e defendé -la, quando o certo seria lembrar do que acontece, de fato, no mundo real.

Porque, convenhamos, não somos apenas o que publicamos; somos quem somos. Redes sociais, no meu entender, são plataformas, ferramentas de comunicação e interatividade, não um trampolim para o Mundo Encantado dos Prazeres Realizados.