Seis meses para o fim do ano: ainda dá tempo de quitar as dívidas?
Faltam seis meses para o final do ano. Como num piscar de olhos, em breve já estaremos envolvidos com o clima natalino e, inevitavelmente, com as despesas que essa época traz e acumula. E dos planejamentos financeiros feitos no começo de 2018, quais foram os êxitos até agora? Se poucos foram os progressos ou, até mesmo, houve insucesso, então se acalme, pois ainda existe tempo de arrumar as contas e terminar o ano sem dívidas.
É o que afirma o professor, contabilista e administrador Carlos Afonso. “Apesar de já estarmos na metade do ano, ainda é possível fechar 2018 no azul. Mas para isso é fundamental que a pessoa tenha disciplina e saiba que serão exigidos alguns sacrifícios”, comentou Afonso que também é escritor do livro “Organize suas finanças e saia do vermelho”.
O equilíbrio financeiro pode parecer uma tarefa difícil. E de fato é! Mas não é impossível. É preciso organização e redução de uma série de despesas (sobretudo as despesas supérfluas).
Hora de agir
Para quem está disposto a organizar as finanças até dezembro deste ano, o Professor Carlos Afonso dá algumas dicas para terminar o ano com dinheiro no bolso e livre de preocupações.
Raio X das suas contas: o primeiro passo para começar a organizar as finanças é ter total noção de onde o dinheiro está sendo gasto. “De janeiro a junho, você sabe para onde foi seu rico dinheiro?”, questiona o Professor. É importante anotar tudo o que se gasta em um período de 30 dias, para isso, use uma planilha de Excel ou aplicativos disponíveis no mercado atualmente. “O objetivo deste exercício é a pessoa saber onde emprega o dinheiro e se o salário foi suficiente para pagar todas as despesas”, ressalta.
Plano estratégico: após analisar durante 30 dias os gastos, é momento de traçar um plano estratégico a fim de racionalizar as despesas e os reduzir os custos. “Investigue cada uma das despesas e a sua real obrigação. Sempre existe algum gasto excessivo que pode ser reduzido. O problema é que quase nunca identificamos isso, pois não temos controle do orçamento”, salienta o Professor.
Fuja das armadilhas: já parou para pensar na quantidade de itens que consumimos sem que tenhamos a real necessidade deles? Por este motivo, pense bem antes de comprar qualquer produto ou serviço, sobretudo, utensílios básicos. Repense e questione se realmente essa aquisição se faz importante.
Produtos similares: as marcas mais famosas sempre têm preços mais altos, afinal de contas, elas investem muito em propaganda e marketing. Porém, existem produtos similares que são tão bons e baratos. Diversas marcas estão surgindo e querendo ganhar espaço no mercado, por isso, dê uma chance a elas e pague menos por isso!
Moedas: valorize cada centavo em moeda que você tem. Não deixe as moedas de seu troco como “brinde” para o estabelecimento, tampouco se esqueça delas no fundo da bolsa (gavetas ou carro). Adote o cofrinho e junte esses pequenos valores. No final do ano, esses trocados certamente representarão uma boa quantia.
Cartão de crédito: use com sabedoria. Não permita que a facilidade torne-se a dificuldade de sua vida. E uma dica: não tenha muitos cartões de crédito, o ideal é ter apenas um (afinal, a maioria deles tem uma anuidade a ser descontada do cliente).
Contas básicas: essa regra é primordial. Reduza o consumo de energia elétrica e água. Feche a torneira enquanto escova os dentes e ensaboa a louça. Quando não estiver no cômodo, não deixe a luz acessa e a TV ligada. Atitudes simples te levarão a uma redução significativa dos gastos no final do mês. “Lembre-se: estamos trocando o imediatismo por um futuro melhor e mais digno. Ele parece que está bem longe, mas quando menos se espera ele chega e é preciso estar preparado financeiramente para isso”, alertou Carlos Afonso.