Volta às aulas: chegou a hora da educação financeira
Nesta semana, grande parte das escolas pelo país voltarão das férias e assim volta também a rotina de levar e buscar as crianças na escola, as aulas de idiomas, futebol e até compra de material escolar que estiver faltando. Portanto essa é uma boa oportunidade para sair da rotina e mudar os hábitos.
Estou falando da educação financeira nas escolas, pois acredito que esse seja um dos caminhos para mudarmos o modo como lidamos com o nosso dinheiro e também o cenário de endividamento e inadimplência, que segue alarmante em todo o país. O processo para que houvesse avanços foi longo, mas recentemente foi homologada a Educação Financeira na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para a Educação Infantil e o Ensino Fundamental, se iniciando uma nova era na educação brasileira, inserindo o tema no currículo escolar para preparar nossas crianças e jovens para um futuro com cidadãos mais educados, saudáveis e sustentáveis financeiramente.
Por ser uma ciência ainda pouco difundida na sociedade brasileira, o maior desafio nessa questão é preparar os profissionais da educação para esta nova etapa. Mesmo com algumas iniciativas que proporcionaram a discussão sobre o tema, como a Estratégia Nacional de Educação Financeira – ENEF, é preciso levar a toda a população o conhecimento desta ciência tão importante e necessária para a qualidade de vida das pessoas.
E, já que estamos falando de praticar a educação financeira, preparei algumas orientações de como colocar as finanças em dia, após o período de férias, e como economizar nas compras que precisam ser feitas para a volta às aulas.
Faça um diagnóstico financeiro
Ao longo de 30 dias, anote todas as despesas, separando-as por categorias, pois, dessa maneira, é possível ter uma visão ampla e minuciosa, ao mesmo tempo, dos gastos recentes, podendo diminuir ou até cortar os excessos e supérfluos;
Planeje-se
Muitas famílias acabam se encontrando em situações de endividamento após as férias, porque não se planejam corretamente. Portanto, comecem a programar as próximas férias a partir de agora, vejam o que gostariam de fazer comecem a guardar dinheiro, para lá na frente não ficar pagando parcelas intermináveis e se desequilibrando financeiramente.
Não tenha vergonha de negociar
Muitas pessoas têm dificuldade em pedir desconto ou tentar alguma condição de pagamento melhor, mas a negociação é uma prática natural e que dá bons resultados;
Leve as crianças
Ao contrário do que muitos especialistas dizem, a minha recomendação é que os adultos levem sim junto com eles as crianças para pesquisarem os materiais escolares. Essa é uma ótima oportunidade para ensiná-las a comprar com consciência e colocar em prática os ensinamentos da educação financeira;
O barato pode sair caro
Nem sempre o que é mais barato é a melhor opção para economizar, porque, conforme for, pode quebrar/rasgar/desgastar com muito mais facilidade, fazendo com que se tenha que comprar outro produto em um curto espaço de tempo. Analise bem as opções e compre o melhor custo-benefício.
Recicle e reutilize
Dê uma boa olhada no material utilizado até o momento e veja o que consegue ser reutilizado ou reciclado. Chame as crianças para essa atividade, pode ser divertido, além de sustentável e econômico. Se tiver mais de um filho, o material didático, por exemplo, se bem cuidado, pode passar do mais velho para o mais novo.